Reflexão do Evangelho - Sexta-feira, 18 de novembro
Reflexão do Evangelho
Sexta-feira, 18 de
novembro
Lc 19,45-48 - Expulsão dos
vendedores do Templo
Ao entrar no Templo, Jesus
expulsou os vendedores e os obrigou a abandonar o recinto da casa de Deus. Eles
nem tiveram tempo de reagir, e Jesus começou a revirar as mesas dos cambistas e
lançar fora os animais e soltar as pombas. O Templo é casa de oração e sinal da
santidade de Deus. Particularmente, o lugar onde os judeus se reuniam: o
coração do Templo, nomeado “o santo”, que servia como lugar de culto e louvor
divinos, e era considerado repleto da glória insuperável do Deus três vezes
Santo. A propósito, dizia S. Ambrósio: “O Templo não é refúgio de mercadores,
mas casa de santidade. E o próprio exercício do ministério sacerdotal não é
designado, por Jesus, como um dever, ainda que sacro, mas como uma homenagem
tributada a Deus, gratuitamente”. Mas eis que eles tinham feito do Templo, no
dizer do profeta Jeremias, “uma caverna de bandidos”.
O zelo pela
casa do Senhor leva-o a expulsar os vendedores e os cambistas, substituindo a
pureza ritual pela limpeza moral e erigindo o Templo como casa de oração para
todos os povos. Ao lançar fora bois, ovelhas e pombas, animais utilizados nos
sacrifícios, e os cambistas, que ofereciam os meios para comprá-los, Jesus
proclama a exigência de purificação, mas, ao mesmo tempo, já faz o primeiro
anúncio de substituição das vítimas pelo sacrifício incruento, oferta de sua
vida ao Pai.
Gesto profético de abertura do Templo judaico, casa
de oração, a todas as nações e anúncio de sua morte, quando o véu do Templo se
romperá, sinal do estabelecimento de uma nova ordem e de um novo sacrifício a
ser oferecido do nascer ao pôr do sol: todos serão acolhidos no Reino, presença
da misericórdia divina, que penetrará a terra e a humanidade, tornando-os
membros de um novo mundo na justiça e na paz, do qual será banido o mal.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
DEUS lhe abençoe e lhe ilumine. Obrigado p/ reflexão D. Fernando.
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