Reflexão do Evangelho - Sexta-feira, 25 de novembro
Reflexão do Evangelho
Sexta-feira, 25 de novembro
Lc 21, 29-33 – Parábola da figueira
Jesus acabara de falar
do fim do mundo, suscitando dúvidas e angústia sobre o infinito mistério do
Depois. Após alguns instantes de silêncio, os Apóstolos lhe perguntam: “Quando
será isso, Mestre?”. Para que estivessem preparados e prontos para a sua vinda
gloriosa, Ele lhes conta então diversas parábolas, dentre as quais a de uma
figueira, fonte importante de alimento para os judeus. No seu florescer, ela
anuncia que o inverno passou e se aproxima o verão, época em que se recolhem os
frutos para guardá-los. Assim, o fim último nada tem de fim; é a vinda do Filho
do Homem, encontro consolador que lhes segreda a entrada no Reino de Deus,
ascensão inesgotável, ocasião em que eles, como a figueira verdejante,
apresentam seus frutos de amor e de misericórdia.
Mesmo os pecadores, diz
S. Ambrósio, “cobertos de folhas de figo, como de uma veste enganadora para
esconder a sua consciência, não perdem o ânimo”, pois a instauração do Reino de
Deus não está reservada ao Fim dos tempos: ele está próximo daquele que se
converte e crê em Cristo. Por sua vez, S. Gregório de Nissa escreve que “toda
criatura humana está sendo continuamente criada, e se realiza pelo acréscimo de
bens; nela não se vê limite, tampouco, ao mesmo tempo, que o movimento para o
que é melhor seja circunscrito”. Mensagem esperançosa, refletida pela própria
parábola, ao dizer que o agricultor vem cada dia e bate à porta, esperando que
a figueira produza bons frutos.
Mas apesar do tempo, que
precede a vinda gloriosa do Senhor, estender-se por um futuro longínquo, nossa
sorte se decide agora, completamente. Em cada instante, decide-se por uma
comunhão de uns com os outros, dos homens com Deus, ou por um fechamento sobre
si mesmo. E isto implica a realização de nossa vida, cujo desfecho final se
dará no encontro com o Senhor, que, desde já, nos envolve em seu amor
misericordioso.
Por conseguinte, a vida no Filho do
Homem, que está chegando, é o caminho, movimento constante, para a nossa
transfiguração final, que seria incompleta sem nosso corpo, essencialmente
relacionado com o universo, também atingido pela desordem do pecado: em Cristo,
a verdadeira nova criação começa hoje.
Dom Fernando Antônio
Figueiredo, OFM
DEUS lhe ilumine e lhe abençoe. Obrigado p/ reflexão D. Fernando.
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