Reflexão do Evangelho do dia 08 de Julho de 2013
Segunda-feira - 08 de julho
Mt 9, 18-26: Cura da hemorroíssa e
ressurreição da filha de Jairo
Será que apresentamos ao Senhor, com
fé e confiança, nossas dificuldades e angústias? Quem for ao Senhor, com
confiança, jamais ficará desapontado. No Evangelho de hoje, Jesus transmite à
mulher doente e ao pai angustiado consolo e conforto. Ele lê os corações e
reconhece a fé que os anima e a esperança que os encoraja a se aproximarem dele.
O que os move não são razões humanas, mas a confiança que nele depositam.
S. Agostinho nos diz que “a filha do chefe da
Sinagoga significa o povo judeu, enquanto a hemorroíssa significa a Igreja
provinda do paganismo”. S. Jerônimo confirma o mesmo significado ao lembrar que
uma mulher, doente como ela, segundo a Lei, devia permanecer fora da cidade. “Ela
se aproxima durante a viagem, enquanto o Senhor caminha, para ir acudir outra
mulher. Por isso dizem os Apóstolos: Era primeiro a vós (judeus) que devíamos
anunciar a palavra de Deus. Como a rejeitais e não vos julgais dignos da vida
eterna, nós nos voltamos para os gentios” (At 13, 46). Jesus veio trazer a
salvação a todas as pessoas, quaisquer que sejam suas nacionalidades.
Escreve S. Hilário: “O poder do Senhor,
habitando em seu corpo, dava eficácia às menores coisas, e a ação divina se
comunicava às franjas de sua veste. Pois Deus não é divisível nem limitado.
Ora, a fé atinge a todos por toda a parte e o poder divino está igualmente em
todos os lugares. O fato de assumir um corpo não cerceia seu poder. Pelo
contrário, o poder divino assumiu a fragilidade do corpo humano para,
justamente, manifestar nossa Redenção. E seu poder é tão infinito, tão liberal,
que a obra de salvação dos homens estava presente até nas franjas do manto de
Cristo”.
Diante de tais milagres, o que falar
da comunhão eucarística, que penetra o mais profundo do nosso ser? Jesus, o
Filho de Deus, entra em contato com a nossa natureza pecadora, purificando-nos,
salvando-nos. A cura da mulher hemorroíssa se manifesta na filha de Jairo como
ressurreição. É sempre o poder de Jesus, o Filho de Deus, agindo. Por Ele somos
não só curados, física e espiritualmente, mas ressurgimos como novas criaturas.
Notemos que Ele pergunta aos Apóstolos: “Quem me tocou?” Não o faz por
ignorância. Ele bem sabe quem o tocou. Daí revelar tanto o que se passa no
coração daquela mulher, quanto o que sucederá à filha de Jairo. Nada escapa ao
conhecimento de Jesus. Ele tudo sabe e tudo vê. E sua misericórdia é infinita.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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