Reflexão do Evangelho do dia 13 de Julho de 2013
Sábado – 13 de julho
Mt 10, 24-33 - Falar
abertamente e sem temor
Os
discípulos são exortados a testemunhar o Evangelho, mesmo com o risco da
própria vida. Porém, o Senhor os fortalece e os encoraja para se manterem firmes
na fé e na alegria da esperança. Por isso, por quatro vezes o Senhor lhes
repete: “Não tenhais medo”. Pois, à fidelidade dos discípulos na “confissão de
fé” corresponderá a fidelidade de Jesus em reconhecê-los na glória celestial.
Logo
após, Jesus descreve quatro antíteses, no desejo de fortalecê-los em sua missão
apostólica. Diz ele: “Nada há de encoberto que não venha a ser revelado, oculto
que não venha a ser conhecido”. E
continua o Mestre: “Tudo o que tiverdes dito às escuras, será ouvido à luz do
dia, e o que houverdes falado aos ouvidos nos quartos, será proclamado sobre os
telhados”. Assim, o Evangelho,
apreendido na intimidade do Cristo, será por eles anunciado (kerigma) a todos e publicamente. Eles nada têm a temer.
O mesmo se diga dos sofrimentos suportados na sombra dos calabouços ou das
salas de tortura, pois eles refulgirão no
palco das arenas ou, melhor, no grande dia do julgamento final, diante do
Senhor.
Reconfortados pelas
palavras do Senhor, os discípulos sentem a doçura de sua presença e são
avigorados na confiança e fidelidade a Deus. Eles confiam porque se sabem
amados. Experimentam, no âmago de seus corações, que amar a Deus não é um
dever, é um grito de reconhecimento. Pois ele os amou primeiro a ponto de dar a
vida por eles. Exclama S. João Crisóstomo: “Ele é chamado o Deus da consolação,
das misericórdias, porque incessantemente consola e encoraja”.
A comoção envolve seus corações ao
ouvirem as palavras amorosas de Jesus: “Não se vendem dois pardais por um asse.
E, no entanto, nenhum deles cai em terra sem o consentimento do vosso Pai!
Quanto a vós, até mesmo os vossos cabelos foram todos contados. Não tenhais
medo, pois valeis mais dos que muitos pardais”. Deus, o Criador, mantém sua
soberania sobre a criação. Até as pequenas criaturas são objeto de sua
solicitude divina. No suave afago da presença solícita de Deus, eles se tornam indômitos
anunciadores, pregando o Evangelho da justiça, do bem e da paz. Eles imolam a
própria vida em defesa da mensagem do Senhor, em seus princípios éticos, morais
e religiosos. Através dos séculos, muitos os seguirão.
Dom Fernando Antônio
Figueiredo, OFM
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