Reflexão do Evangelho do dia 26 de Julho de 2013
Sexta-feira – 26 de julho
Mt 13, 16-17: S. Joaquim e Sant’Ana
Hoje festejamos os pais de Maria
Santíssima. Uma antiga tradição, com raízes no século II, atribui-lhes o nome
de Joaquim e Ana. Independentemente deste fato, a celebração se liga intimamente
à realização do mistério de Cristo, nascido da Virgem Maria. O ofício divino traz,
em sua segunda leitura, um texto de S. João Damasceno (749), considerado o
último dos Santos Padres do Oriente. Sendo monge, ele foi ordenado presbítero
pelo Patriarca de Jerusalém João V. Pelos inúmeros escritos, pela amplidão dos
temas tratados e, particularmente, pela santidade de vida, ele é considerado um
dos teólogos mais notáveis da Igreja oriental. Entre os seus escritos destacam-se
os que se referem à Mãe de Deus, nos quais se encontram riquíssimas informações
hauridas de tradições antigas a respeito da vida de Maria. Ele fala dos seus
pais, nomeando-os Joaquim e Ana. Eis um belo trecho da sua obra:
“Ó casal feliz, Joaquim e Ana! A vós
toda a criação se sente devedora. Pois foi por vosso intermédio que a criatura
ofereceu ao Criador o mais valioso de todos os dons, isto é, a mãe pura, a
única que era digna do Criador. Alegra-te, Ana ‘estéril, que nunca foste mãe,
exulta e regozija-te, tu que nunca deste à luz’ (Is 54,1). Rejubila-te,
Joaquim, porque de tua filha nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho;
o nome que lhe foi dado é: Anjo do grande conselho, salvação do mundo inteiro,
Deus forte. Este menino é Deus”.
Mais adiante, ele proclama: “Ó casal feliz,
Joaquim e Ana, sem qualquer mancha! Sereis conhecidos pelo fruto de vossas
entranhas, como disse o Senhor certa vez: ‘Vós os conhecereis pelos seus
frutos’ (Mt 7,16). Gerastes para o mundo a mãe de Deus, que foi mãe sem a
participação de homem algum. Levando, ao longo de vossa existência, uma vida
santa e piedosa, gerastes uma filha que é superior aos anjos e agora é rainha
dos anjos. Ó formosíssima e dulcíssima jovem! Felizes o pai e a mãe que te
geraram!”
S. João Damasceno, após essas
belíssimas páginas de louvor àquela que foi o fruto precioso do matrimônio de
Joaquim e Ana, conclui exaltando a beleza e a grandeza da santidade do casal, celebrado
hoje pela Igreja em todo o mundo.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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