Reflexão do Evangelho do dia 18 de Julho de 2013
Quinta-feira – 18 de julho
Mt 11, 28-30: Vinde a mim todos os que
estais cansados
“Vinde a mim todos os que estais
cansados sob o peso do vosso fardo”. Convite dirigido a todos, sem exclusivismo.
A expressão “fardo” ou “jugo” era, aliás, muito empregada pelos judeus para
exprimir a submissão a Deus. Assim, eles se referem ao fardo da lei, dos
mandamentos e ao jugo do reino. No Evangelho, Jesus diz que o seu “jugo é
suave”, o que para o leitor grego significa um jugo “bem ajustado”, “adequado”.
As exigências que pesavam sobre a conduta religiosa e moral, isto é, as
prescrições que provinham da Lei divina, dos oráculos proféticos, também das
doutrinas dos mestres e das autoridades religiosas, seriam adequadas aos que
buscavam a santidade de vida e se dispunham a seguir Jesus.
“Vinde a mim”, exclama Jesus,
mostrando que o seu jugo ou fardo, antes de se traduzir em lei ou prescrições,
é uma relação pessoal que se estabelece entre Ele e os discípulos. Tal relação,
fundada no amor, fará com que tudo se torne leve e suave. De fato, atraídos por
Ele, eles o seguem como discípulos, colocando-se totalmente em comunhão com Ele,
participando de sua missão no caminho celestial da vida eterna e da felicidade.
Ele se doa aos seus seguidores como “pão da vida”. Ele os refaz e lhes dá as forças
sobrenaturais necessárias para a caminhada na vida. Consequentemente, eles são
libertados da opressão do pecado, livres do mal e da desesperança e se tornam
participantes da vida divina.
Jesus é, por excelência, doce e humilde de
coração, o Bem-amado de seu “Abba”. A
Ele foram confiados o mistério e a instauração do Reino dos céus, juntamente com
o poder de revelá-lo àqueles que se colocam em sua escola, seus fiéis
discípulos. Introduzidos em seu convívio, eles participam da vida eterna e
experimentam a doçura da bem-aventurança. Encontram finalmente repouso. No
dizer de S. Agostinho, “a promessa de Jesus é realmente fácil, pois ele chama a
si os que estavam cansados. Talvez, eles esperassem uma recompensa. Porém, recebiam
a resposta: Eu vos farei repousar”. Dá-se uma passagem, não só do pecado para a
graça, mas do temor para o amor. Em Jesus, os cristãos vislumbram a totalidade
de sua história, pois nele tudo está presente, tudo é atual e palpitante de
vida. O que temer? Por que se cansar? Em Jesus, eles encontram repouso e o
segredo da verdadeira e interminável vida.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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