Reflexão do Evangelho de Lc 4, 16-30 - Jesus em Nazaré - Segunda-feira 01 de Setembro
Reflexão
do Evangelho de Lc 4, 16-30 - Jesus em Nazaré
Segunda-feira
01 de Setembro
Jesus encontra-se na sinagoga de sua
cidade. Os habitantes de Nazaré estão atentos às suas palavras, pois muitos
tinham ouvido falar a respeito dos seus ensinamentos e dos milagres realizados
por Ele. Jesus perscruta os corações. Percebendo a incredulidade enraizada no
coração dos ouvintes, no desejo de tocá-los e levá-los à conversão, diz que nenhum
profeta é ouvido em sua própria terra, nem é reconhecido pelos seus parentes. Palavras
duras e enérgicas. Para espanto deles, Ele acrescenta que os gentios demonstram
mais fé em Deus do que os escolhidos de Israel, e exemplifica: Elias foi enviado
a uma viúva, em Sarepta, na região da Sidônia, enquanto tantas outras viviam em
Israel e, no tempo do profeta Eliseu, “havia muitos leprosos em Israel,
todavia, nenhum deles foi curado, a não ser o sírio Naamã”. Estas palavras
despertam a indignação da gente piedosa, que julgava os gentios, isto é, os
estrangeiros como pessoas distantes de Deus e, por conseguinte, excluídas da
Aliança divina. Então, um murmúrio de protesto se espalhou pelos que estavam na
sinagoga, que, enfurecidos, se ergueram contra Ele.
Jesus
não se intimida. Declara-os cegos diante da misericórdia de Deus e do seu plano
redentor para todas as nações, segundo a profecia lida por Ele na sinagoga. De
fato, diz Orígenes, “a salvação acabara de irromper no mundo, através do seu ministério.
Era o ano da graça e do perdão do Senhor”.
Ao rejeitá-lo, a população leva-o a não realizar
milagres, para não pensarmos, diz S. Ambrósio, “que ele fosse constrangido pelo
amor à pátria. Na realidade, aquele que amava todos os homens não podia deixar
de amar os seus concidadãos, mas eles mesmos, comportando-se de modo invejoso,
renunciaram o amor à pátria”. Pois bem. Doravante, como declara S. Cirilo de
Alexandria, “Jesus iria se reportar aos pagãos, que o acolheriam e seriam
curados de sua lepra”.
Dom
Fernando Antônio Figueiredo, o.f.m.
amei
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