Reflexão do Evangelho - Lc 16, 1- 8 -Parábola do administrador infiel - Sexta-feira – 07 de novembro

Reflexão do Evangelho
Lc 16, 1- 8 -Parábola do administrador infiel
Sexta-feira – 07 de novembro

       Jesus conta a parábola de um administrador que dirige a propriedade de um homem rico. Este é acusado de gerir mal os negócios do patrão e cometer fraudes com os seus bens. Prevendo ser despedido, ele age habilmente, tomando medidas urgentes e inadiáveis: reduz as dívidas dos credores, de modo a ter amigos, que garantam o seu futuro. Pasmos, ouvimos o patrão, que, em lugar de repreendê-lo, o felicita pela sua sagacidade. Ao dizer isso, estaria Jesus aprovando a ação fraudulenta do administrador? Ora, a parábola não diz que o administrador agiu com sabedoria, mas sim astutamente segundo a mentalidade do mundo.
Na realidade, Jesus não justifica o modo de proceder do patrão, tampouco do administrador, simplesmente deseja que seus ouvintes tomem medidas radicais e urgentes, também eles, diante da novidade de sua presença e de sua mensagem. Em outras palavras, enquanto ainda é tempo, é preciso granjear amigos, que os acolham no plano eterno, socorrendo os pobres, os desprotegidos e os que nada podem dar em retribuição neste mundo.
       No final do relato, a reprovação do Senhor torna-se explícita e bem clara. O administrador é denominado infiel e desonesto, e os “filhos da luz” são contrapostos aos “filhos do mundo”, num vigoroso apelo para que superem os “filhos do mundo”, sagazes em matéria terrena. No entanto, suas decisões têm repercussão eterna. A esse respeito, comenta S. Agostinho: “O administrador infiel provia uma vida que deve terminar. E tu não queres prover aquela que é eterna?” De fato, os filhos da luz são convocados a conquistar amigos, que os acolham na glória eterna, em consonância com as palavras de S. Ambrósio, para quem “os peitos dos pobres, as casas das viúvas, as bocas das crianças são os celeiros que permanecem na eternidade”.


Dom Fernando Antônio Figueiredo, o.f.m.

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