Reflexão do Evangelho - Lc 17, 26-37 – O dia do Filho do Homem - Sexta-feira 14 de Novembro
Reflexão do Evangelho
Lc 17, 26-37 – O dia do Filho
do Homem
Sexta-feira 14 de Novembro
No seu
infinito amor, Jesus vem a nós, revela-nos a face humana de Deus e, em sua
vitória sobre o pecado e a morte, antecipa a nossa vitória no fim dos tempos.
Compartilharemos a sua glória e a felicidade eterna. O dia do Filho do Homem será
então o dia da instauração definitiva do seu Reino de amor e de misericórdia.
O retorno do
Senhor na glória é certo, mas nada se fala de quando isso se dará, é desconhecido:
“como no dia de Noé”, ele será rápido e inesperado. O fim dos tempos também não
é observável, não está aqui nem ali. “O patrão virá no dia em que o servo não o
espera”, insiste S. Mateus. No entanto, para consolá-los da nostalgia dos
“dias” em que não mais estaria visivelmente presente, Jesus fala da vinda do
Espírito Santo e de sua presença interiorizada no meio deles.
Nesse período, eles estarão atentos e
vigilantes, e a comunidade cristã estará preparada para o seu retorno. Porém,
não basta simplesmente dizer seu nome para garantir sua participação na felicidade
eterna. É preciso praticar o bem e “investir” os talentos recebidos. O
evangelista Lucas recorda as palavras do Mestre: “Quem estiver no terraço, não
desça; quem estiver no campo, não volte atrás”. Comenta S. Agostinho: “Os que
estão no terraço não devem descer, isto é, não se deve descer de uma vida
espiritual a uma vida carnal”. Apelo do Senhor à perseverança e à fidelidade.
Em
outras palavras, a intenção dos autores bíblicos não é desvelar o futuro, mas
exortar os discípulos a se comprometerem com o Senhor na observância de seus
ensinamentos e no anúncio do Evangelho. Por conseguinte, a vida terrena situa-se
no espaço compreendido entre realização e expectativa, entre ter e esperar,
“alegres na esperança” (Rm 12,12). Nesse sentido, a vinda do Filho do será aguardada não com medo,
mas sim com confiança, pois Deus confere sua graça a todos os que o buscam na fé
e com o coração contrito.
Dom Fernando Antônio
Figueiredo, o.f.m.
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