Reflexão do Evangelho - Lc 17, 20-25 - A vinda do Reino de Deus - Quinta-feira 13 de Novembro
Reflexão do Evangelho
Lc 17, 20-25 - A
vinda do Reino de Deus
Quinta-feira 13 de Novembro
Ao
dizer que o Reino de Deus está próximo, Jesus provoca a curiosidade dos
fariseus. Um deles, perplexo, lhe pergunta: “Quando ele virá”? Alimentada pela
esperança de uma manifestação divina decisiva, a expectativa deles é grande. No
entanto, diante dos ensinamentos sobre a tolerância, o amor aos inimigos e a
acolhida aos pecadores, os demais ouvintes alimentavam muitas dúvidas a
respeito de suas palavras.
Compreendendo-os e
não querendo deixá-los com ideias equivocadas, Jesus aborda a questão sob dois
aspectos, o tempo e o modo como virá o Reino de Deus. Primeiramente, Ele
esclarece que muitos procurarão sinais, mas em vão, pois sua segunda vinda não
será precedida por sinais nitidamente constatáveis. Por isso, voltando-se para
os discípulos, alerta-os de não se deixarem enganar diante dos fortes rumores
existentes, que apregoavam estar o Reino “aqui ou ali”. Este não ocupa um
espaço delimitado. O Reino é, antes de tudo, um acontecimento, a “irrupção
repentina” do dom de Deus na história humana. Os indícios e os cálculos são, certamente,
falhos, porque, em seu caráter espiritual e escatológico, o Reino já está presente
aqui e agora.
Assim
com palavras diretas e muito simples, Jesus assinala que o início do Reino coincide
com a sua presença “no meio de nós”, conforme já tinha anunciado João Batista. Todos
são convidados a participarem dele. E para melhor visualizar as suas palavras, Ele
traça um paralelo entre o relâmpago, luz intensa e rápida, e o “dia do Senhor”,
sua vinda gloriosa. Como o relâmpago, observado por todos, dispensa a necessidade
de um sinal diverso e especial para indicar a sua presença ou o seu poder, da
mesma maneira, o “dia do Senhor” refulgirá sem necessitar de outro sinal. “Ele
aparecerá, comenta São Cirilo de Alexandria, na majestade do Pai em companhia
dos anjos, que o rodeiam, e se colocará diante de nós como Deus e Senhor”.
Portanto, o Reino de Deus já está presente
entre nós na pessoa de Jesus, o Filho de Deus e Salvador. Suas sementes medram
em nossos corações, qual força que nos configura a Ele, trazendo “às nossas
almas, segundo S. Gregório de Nissa, felicidade, pois o Reino é imagem, penhor
e sinal da felicidade eterna da qual gozarão as almas dos santos na eternidade”.
Dom Fernando Antônio
Figueiredo, o.f.m.
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