Reflexão do Evangelho - Domingo 24 de Maio
Reflexão do Evangelho
Jo 7,37-39 - Promessa
da água viva
Domingo 24 de Maio
Uma vez mais, Jesus sobe a Jerusalém, sempre acompanhado por uma
multidão de pessoas, pois sua fama já se espalhara por toda a parte. Sua pessoa
perturbava os judeus e os gregos pelo fato de Ele perdoar os pecadores, como só
Deus é capaz de perdoar, provocando as mais diversas reações. Eles se sentem
confusos, ao ouvi-lo dizer que “o filho do homem não veio à terra para ser
servido, mas para servir e dar a sua vida em ‘resgate’ de muitos”. Assim como
outrora Deus salvou o seu povo, agora o Senhor resgata os seus seguidores,
conduzindo-os para o “novo céu e a nova terra”. Jesus não está à procura de servos,
mas sim de irmãos que o sigam com um amor desinteressado e dadivoso.
Durante
a festa das Tendas, o Templo ficava todo iluminado por grandes lâmpadas,
acendidas pelos levitas para os festejos. É o momento alto da festa: a solene
procissão de água e de luz. De pé, em alta voz, Jesus proclama: “Se alguém tem
sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, de seu seio jorrarão rios de água
viva”. Seus ouvintes recordam os dons concedidos a Moisés, quando no deserto
deu de beber ao povo sedento. Aliás, o rito da festa consistia em retirar a
água da piscina de Siloé e trazê-la para o Templo, elevando orações e súplicas
pelas chuvas de outono, enquanto versavam a água ao redor do altar.
Jesus se refere à
água viva, ou seja, à água da vida eterna, profetizada por Zacarias, que descreve
a vinda do Messias como águas vivificantes saindo de Jerusalém: “Naquele dia,
águas vivas sairão de Jerusalém”. Jesus é o novo Moisés, que proporciona vida “em
abundância”, pois dele correrão rios de água viva, que são os dons messiânicos,
comunicados por Ele na doação de sua vida e na manifestação do seu amor, para
todos os tempos. O modo de beber desta água é crer nele, pois “quem crê em mim,
diz o Senhor, de seu seio jorrarão rios de água viva”. “Ele falava do Espírito
que deviam receber os que nele cressem”, sinal da era messiânica, que seria
reconhecida pela superabundância da comunicação do Espírito, segundo a profecia
de Joel, citada por S. Pedro ao explicar o Dom de Pentecostes.
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