Reflexão do Evangelho - Segunda-feira 11 de Maio
Reflexão do Evangelho
Jo 15,26 – 16,4 - Quando vier o Espírito Santo
Segunda-feira 11 de Maio
Na noite da refeição pascal, reunido com
os Apóstolos, Jesus fala do Espírito que Ele enviará de junto do Pai, o
Espírito da Verdade e que os consolará e dará testemunho dele. Como Ele, também
seus seguidores irão passar pelo batismo do sofrimento e serem perseguidos. Se
até aquele instante, o Espírito estava junto deles, após a sua partida, Ele
virá aos seus corações para iluminá-los e fortalecê-los no testemunho que darão
a favor dele diante dos tribunais do “mundo”. Nada deverá desanimá-los. Ele não
os deixará órfãos, “porque, diz Jesus, estais comigo desde o começo”. Palavras
de amizade e de carinho. O seu desejo é que eles não fiquem abalados nem
aflitos, mas perseverem no testemunho.
Os
antigos valorizavam o testemunho dado em favor de quem apresentava uma
mensagem. Assim Moisés é acolhido pelos israelitas por ter sido designado por
Deus. Escolhidos por Jesus e unidos a Ele, os Apóstolos darão testemunho dele,
serão seus porta-vozes, embora não só eles, também o Espírito estará com eles e
“convencerá o mundo incrédulo do seu pecado”. As palavras do Mestre os
confundem, deixando-os perplexos pelo fato de ainda não terem compreendido a
importância de sua ida para o Pai. Agora, predomina o sentimento de tristeza
com a sua iminente ausência. Jesus não os repreende, aliás, o Mestre quer
apenas transmitir-lhes firmeza: é bom para vós que eu vá, “pois se eu não for o
Paráclito não virá a vós”. Só mais tarde, eles compreenderão o sentido de suas
palavras: A sua ida, que começa com a sua ressurreição, irá corresponder à
vinda do Espírito divino em seus corações.
Então firmados na fé e guiados pelo Espírito da Verdade, eles darão
testemunho do Cristo. Meditando sobre estas palavras do Evangelista S. João, afirma
S. Agostinho, na oração final do Tratado sobre a Santíssima Trindade: “O
testemunho apostólico para ser ‘fiel e verdadeiro’ deve estar duplamente
fundado: No ensinamento de Jesus, seguindo-o fielmente, como também na firmeza
e na luz do Espírito Santo”. Graças ao
Espírito da Verdade, os discípulos proclamarão a morte por amor como retorno de
Jesus ao Pai, fato que provoca a vinda do Espírito e, por conseguinte, a união
deles com o Mestre, o Filho Unigênito, junto ao qual eles estarão como filhos
amados do Pai.
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