Reflexão do Evangelho - Segunda-feira 18 de Maio
Reflexão do Evangelho
Jo 16, 29-33 - Jesus
fala claramente aos Apóstolos
Segunda-feira 18 de Maio
Por
diversas vezes, Jesus se refere à sua origem divina, mas agora, dizem os
Apóstolos, Ele fala claramente, sem figuras! Jesus acaba de dizer: “Eu saí de junto
do Pai para vir ao mundo. De novo deixo o mundo e vou para o Pai”. O sentido de
suas palavras não escapa a ninguém. No momento em que se aproxima a hora de sua
despedida, as figuras ou metáforas tornam-se supérfluas. A dúvida que pairava
no coração dos discípulos sobre o sentido do enigma “de um pouco de tempo me
vereis” se dilui, e eles chegam a declarar: “Tu sabes tudo”. Uma razão a mais
para crer “que Ele veio de Deus”.
O diálogo se dá ao
longo do caminho para o Horto das Oliveiras. Não muito longe do Templo, Jesus
se detém e, olhando para os Apóstolos, lhes diz: “Dizeis que agora credes. Eis
que chega a hora – e ela soou – em que vos dispersareis, cada um para o seu
lado, e me deixareis sozinho”. Os discípulos mais íntimos irão se dispersar e
não permanecerão junto a Ele até o final. Filhos pobres de pais pobres, eles acreditavam
ser Ele o Messias, que entalhava em seus corações mensagens simples e os levava
a sonhar que tinha vindo para salvar o mundo, e agora lhes fala de sua
despedida e de sua morte.
Eles se sentem subitamente fracos e confusos. Incipiente, a fé dos
Apóstolos não tinha ainda sido suficientemente fortalecida, para que pudessem resistir
à tormenta que, em breve, iria se desencadear. Mas o intuito do Senhor não é
desanimá-los, muito menos repreendê-los, Ele quer fortalecê-los na fé para
poderem enfrentar com serenidade a iminente tragédia. Por isso, Ele os previne:
“Neste mundo, experimentareis a dor. Mas tende confiança, eu venci o mundo”. A
vitória final sobre os poderes inimigos não lhe é exclusiva, será partilhada
por eles. S. Agostinho dirá: “Tiveram fé e venceram. Em quem, a não ser nele?
Pois não teria vencido o mundo, se este tivesse vencido seus membros. Por isso
diz o Apóstolo: ‘Graças sejam dadas a Deus que nos deu a vitória’”.
A
promessa de não abandoná-los inspira-lhes firmeza e lhes transmite tranquilidade.
As palavras do Mestre são emblemáticas: “Neste mundo, experimentareis a dor.
Mas tende confiança, eu venci o mundo. Isto é o que vos digo, para que, em mim,
tenhais paz”. É sua paz que Ele concede, paz que pertence a Deus por natureza e
excede toda medida. S. Francisco de Assis a denominava “alegria perfeita”. Participando
dela, Francisco percebe e celebra a vida, e tudo se torna transparente aos seus
olhos.
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