Reflexão do Evangelho de Quinta-feira 20 de agosto

Reflexão do Evangelho de Quinta-feira 20 de agosto
Mt 22, 1-14 – Parábola das Bodas
       
        Nas Escrituras, uma das mais belas imagens do céu é o banquete ou a celebração das bodas dada por um rei em honra de seu filho. Para participar dele há uma condição: ser livre diante dos bens materiais. Pois quando chegou a hora da ceia e seu servo foi avisar aos convidados: “Vinde, está tudo pronto”, eles começaram a se escusar por terem outros afazeres. Comenta S. Cirilo de Alexandria: “Eles desdenharam o convite, porque estavam voltados para as coisas terrenas e tinham concentrado sua mente nas vãs distrações deste mundo”. Eles abandonam o essencial e importante, representado pelo banquete, por causa do urgente. Um diz ter comprado um terreno e é necessário ir vê-lo; “outro foi para o seu negócio, e os restantes, agarrando os servos, os maltrataram e os mataram”. Diante do fato de os primeiros terem sido reprovados, o rei diz aos servos para irem pelas praças e pelas ruas da cidade, convidando os que eles encontrassem, “bons e maus”.  
        O desagrado do rei mostra-se justificável, pois, aos convidados originais para a festa, foram enviados convites com muita antecedência, com tempo suficiente para se prepararem. Recusando, eles lhe negavam a honra que lhe era devida.  Alusão clara à atitude das autoridades de seu tempo, criticada por Jesus, embora Ele deixe transparecer o desejo de que, também eles, participem da alegria do Reino.   

Os que, posteriormente, foram conduzidos ao banquete, maus e bons, pecadores e estrangeiros, recolhidos ao longo das estradas, revelam que o convite é para todos. Os Apóstolos hão de convidar não só as ovelhas perdidas da casa de Israel, mas também os publicanos, pecadores e estrangeiros. No entanto, um alerta é dado tanto para os que recusaram o convite como para os que, aceitando-o, se aproximaram indignamente da festa. Estes são retirados por não terem a veste apropriada para a ocasião. Deus chama a todos, mas sem forçar; Ele bate à porta e espera, mesmo que nem todos estejam prontos a atender o seu convite. 

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