Reflexão do Evangelho de Segunda-feira 24 de agosto
Reflexão do Evangelho
de Segunda-feira 24 de agosto
Jo 1, 47-51 – Encontro
com Natanael
Ao ver Natanael que se aproximava com Filipe, Jesus
o acolhe com uma saudação profética: “Eis um verdadeiro israelita, em quem não
há fingimento”. Jesus vê nele um homem sem duplicidade, em quem “não há
artifícios”, isto é, uma pessoa não entregue à falsidade e à mentira. Surpreso,
Natanael pergunta: “De onde me conheces? ” Buscando tranquilizá-lo, Jesus lhe
diz: “Antes que Felipe te chamasse, quando estavas sob a figueira, eu te vi”.
Pasmo, Natanael se prostra, exclamando: “Rabi, tu és o Filho de Deus, és o Rei
de Israel”.
Ao falar da figueira,
Jesus podia estar aludindo à árvore do paraíso ou à árvore dos idosos julgados
por Daniel. Por outro lado, os livros históricos falam do repouso “sob a vinha
ou a figueira”, imagem da paz, de acordo com a interpretação feita pelos
profetas. Por outro lado, segundo a tradição rabínica, interpretação mais comum
na época, ao falar de estar sob uma árvore, Jesus estaria sugerindo a ideia de
que Natanael estivesse lendo as Escrituras, fonte do conhecimento sagrado. Mas
ao dizer, por duas vezes, sob a figueira, e não sob uma figueira, Jesus sugere
um contexto familiar a Natanael, que acolhe suas palavras, e as interpreta na
fé. Era o sinal esperado por ele. Daí a prontidão de sua resposta: “Rabi, tu és
o Filho de Deus, és o Rei de Israel”.
A seguir, o diálogo que
Ele estabelece com Natanael oferece-nos um belo exemplo da pedagogia de Jesus
para promover o crescimento na fé daquele que procura Deus. No início, Natanael
confessa a sua messianidade, dizendo ser ele rei de Israel. Pouco a pouco, ele passa
a reconhecê-lo como o Filho do Homem, profetizado por Daniel, imagem daquele
que conduziria a humanidade toda inteira à Terra prometida. Concluindo, Jesus
lhe promete revelar ainda coisas maiores, “o céu aberto e os anjos de Deus
subindo e descendo sobre o Filho do Homem”. Seus horizontes espirituais hão de
se tornar ainda mais amplos, graças à experiência incessantemente renovada,
atestada, da luz que é Jesus.
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