Reflexão do Evangelho de Sábado 29 de agosto
Reflexão do Evangelho
de Sábado 29 de agosto
Mc 25, 1-13 - Morte de
João Batista
O Evangelho de São
Marcos, de onde foi retirada a citação acima, relata a morte de João Batista
como uma espécie de prelúdio à missão redentora de Jesus. Ele é apresentado como
precursor do Cristo por sua morte, como o foi por sua pregação. Muitos cristãos
chegam a apontar semelhanças entre os dois. Ambos foram profetas e ambos
testemunharam a verdade, ao preço de sua própria vida. João Batista foi
assassinado por ordem de Herodes, e Jesus, depois de ser entregue a Pôncio
Pilatos por seus adversários, morreu na cruz.
Quantos seguiram Jesus
no martírio, fortalecidos em seus corações pelo amor a Deus e por sua verdade!
João Batista preferiu afrontar o ódio do rei, em vez de negar os mandamentos de
Deus apenas para adulá-lo. Embora aconselhado por João a deixar o pecado do adultério, porque Herodes vivia em concubinato
com a mulher do próprio irmão, o rei preferiu livrar-se do homem que o advertia de seu erro. Observa São Pedro Crisólogo: “A
virtude torna-se indesejável para aqueles que são imorais; a integridade é
motivo de sofrimento para os corruptos; a misericórdia é intolerável aos
cruéis”.
Orígenes
descreveu os últimos momentos da vida de João Batista, mostrando que o profeta
morreu com a certeza de dever cumprido: “João reprovava Herodes com a liberdade de um
profeta. Levado à prisão por causa disso, não temia a morte, mas somente
pensava no Cristo que ele tinha anunciado. E não podendo ir ao seu encontro,
envia dois de seus discípulos para interrogá-lo: ‘És tu aquele que deve vir? ’.
Os discípulos retornam, relatando ao seu mestre o que o Salvador tinha dito.
Então, João, armado para o combate, morre com segurança”.
Ele morria como viveu: dando
testemunho da justiça e da liberdade do amor. Tudo depende da decisão pessoal
de cada um. É o admirável apelo à conversão, ao qual Herodes permaneceu
insensível. Com sua morte, João Batista proclama que a fé ultrapassa os
conceitos meramente humanos e se concretiza, antes de tudo, na comunhão com o
Deus vivo. Em Deus o pecado é banido e a morte é vencida. A vitória é da vida, dado
que a sua misericórdia é sem limites.
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