Reflexão do Evangelho de Terça-feira 25 e Quarta-feira 26 de agosto
Reflexão do Evangelho
de Terça-feira 25 e Quarta-feira 26 de agosto
Mt 23, 23-32 - Ai de
vós fariseus
Os
fariseus cumprem a Lei com escrupulosa exatidão, a ponto de pagar o “dízimo da
hortelã, da arruda e de todas as hortaliças”. Porém, não atendem a exigências de
caridade e de justiça para com o pobre e desvalido. Exteriormente, comportam-se
de modo exemplar, interiormente, estão distantes e afastados do verdadeiro
cumprimento da Lei dada por Deus a Moisés.
Eis então que a voz do
Senhor, penetrante como um dardo, ressoa aos ouvidos de todos: “Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas! ” Vós que não cumpris o verdadeiro sentido da
Lei. E de seus lábios, ecoam as palavras ditas pelos profetas, que apregoavam o
direito, a misericórdia e a fidelidade. Ao invés, os fariseus agem, “como se
não houvesse importância, observa S. Cirilo de Alexandria, a justiça e o amor a
Deus, deveres obrigatórios a todos”. Ora, o fingimento e a falsa piedade, considerados
por Jesus pecados contra o Espírito Santo, devem ser evitados por seus
discípulos. Daí falar-lhes, como jamais fizera antes: “Estai atentos a não
fazerdes vossa justiça diante dos homens, para que vos vejam; de outro modo não
tereis recompensa diante de vosso Pai, que está nos céus” (Mt 6,1).
Ai
de vós, peritos das Escrituras! Hipócritas! O povo ouvia Jesus com espanto e
temor. Caíam as máscaras dos que se consideravam sábios e guias do povo, e
manifestava-se o vazio de seus corações. Essa era justamente a intenção de
Jesus. Suas palavras não eram de condenação, elas visavam à conversão ou à transformação
interior dos seus corações. A todos, Jesus sempre manifestou sua compaixão e
carinho, e agora Ele quer convertê-los e levá-los à realização da vontade do
Pai. Mas por se julgarem os únicos verdadeiros intérpretes da Lei, eles se sentem
agredidos e ofendidos pelas suas palavras e, rejeitando-o, tudo fazem para que
o povo não o acolha. Mas a palavra do Mestre não foi em vão. Muitos de seus
ouvintes reconhecem que sua crítica funda-se no fato de os fariseus
permanecerem presos às práticas exteriores, “limpar copos e pratos”, não indo
além, ao sentido espiritual, à purificação interior (tò entós) do coração. Pois é através do visível, como de um
trampolim, que se eleva à contemplação do espiritual.
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