Reflexão do Evangelho de quinta-feira 06 de outubro
Reflexão do Evangelho de quinta-feira
06 de outubro
Lc 11, 5-13 – A oração
perseverante – o amigo importuno
Após ensinar a oração do Pai-Nosso, Jesus
envia seus Apóstolos pelo mundo em fora, despertando nos corações uma fé
voltada para Deus, no cumprimento de sua santíssima vontade. Firmes, ternos e
solícitos, eles mostrariam o seguro caminho para chegar a Deus: o irrenunciável
mandamento de amar uns aos outros.
Com o propósito de esclarecer os discípulos,
Jesus conta-lhes a parábola do amigo importuno. Em horas avançadas da noite,
alguém recebe um amigo e, nada tendo para oferecer-lhe, apressadamente, recorre
ao vizinho, que já se tinha recolhido para dormir. A hospitalidade era um dever
sagrado, por isso, persistentemente, ele bate à porta e o chama. Mesmo que o vizinho
não se levante logo para atendê-lo, mas por ser amigo e por causa de sua
insistência, ele resolve dar-lhe “tudo aquilo de que ele precisa”. Ele
perseverou porque confiava no amigo. Também nós, diz o Senhor, confiemos no
Pai, pois Deus não deixa de ouvir nossas orações e nos atende graciosamente,
concedendo-nos muito além de nossas expectativas. Perseveremos na oração, pois
“o Senhor não só ordena pedir, observa S. João Crisóstomo, mas quer que as
nossas preces sejam fervorosas e perseverantes. É o sentido das palavras que se
seguem: ‘buscai e achareis’”.
Deus existe e nos ama. Ele quer o melhor para os seus filhos, que Ele
acolhe e introduz no espaço de confiança filial, dando-lhes a possibilidade de
uma decisão livre que exprima a totalidade de sua vida no amor misericordioso
do Pai. Atraídos pela doçura de seu amor divino, afastam-se deles a angústia e
o medo, a inimizade e o ódio. S. Agostinho, meditando sobre esta passagem
bíblica, comenta: “Os discípulos encontram repouso no Senhor e descanso na
grande santificação, pois eles são enriquecidos, recebendo, e Ele não se
empobrece dando”.
Na oração perseverante, envolvidos pela luz divina, somos levados a percorrer,
com confiança inabalável, a senda do monte Tabor. Unimo-nos ao Senhor que,
cheio de compaixão e de amor, se une a nós, transfigurando-nos. Então, no dizer
de Pseudo-Macário, “nossa alma e o Senhor formam um único espírito, uma única
vida, um só coração”.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
DEUS lhe abençoe e o ilumine. Obrigado p/ reflexão D. Fernando.
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