Reflexão do Evangelho - Sábado, 29 de outubro
Reflexão do
Evangelho
Sábado, 29 de
outubro
Lc 14, 1.7-14 -
Escolha de lugares
Presente num banquete a convite de um dos
chefes dos fariseus, Jesus observa como os convidados escolhiam os primeiros
lugares. Contrastando com alguns escribas e fariseus, desejosos de ocupar
lugares de destaque, Jesus se volta para os discípulos com o objetivo de
conduzi-los, observa S. Cirilo de Alexandria, “a imitá-lo numa vida humilde, modesta
e digna de louvor, e a não serem sequiosos de vanglória, como muitos
demonstravam no banquete”. Jesus estabelece uma clara distinção entre os que se
colocam em seu devido lugar, os humildes, e os que, ávidos por glórias humanas,
procuram afoitamente os primeiros lugares, julgando-se superiores aos demais.
Os profetas não eram simplesmente
anunciadores do futuro de salvação, mas também críticos perante a realidade
social, cultural e política de seu tempo. Em seu apelo à conversão, Jesus se
põe a serviço da salvação de seus semelhantes e fala de uma realidade concreta
e ativa que toque e converta os diversos âmbitos da vida pessoal e comunitária
de seus ouvintes. Mensageiros de sua ternura e do vigor de seu amor, seus
discípulos anunciam o Evangelho que projeta a imagem de um mundo futuro de
justiça, de paz e de misericórdia. É a irrupção do novo Reino da confiança
incondicional a Deus e do serviço mútuo, que permite aos seguidores do Mestre se
desgarrarem das riquezas e de tudo o que é supérfluo, sobretudo, da vaidade, dessa
terrível vaidade do grupo de conjurados presentes no banquete, que leva a
pessoa a se julgar virtuosa e dona do agir divino.
A
presença de pessoas tão diversas assinala que ninguém é, de antemão, excluído
do banquete: o Filho do homem se identifica com todos os que têm fome, sede,
com todos os estrangeiros, enfermos, prisioneiros no mundo. Observa S.
Ambrósio: “O Dono da festa ordena que entrem os bons e os maus, para aumentar o
número dos bons, para aperfeiçoar as disposições dos maus, e assim se realizem
as palavras: os lobos e os cordeiros pastarão juntos” (Is 65,25). Como na
parábola dos convidados para a ceia, Ele manda buscar os que estão fora, na
praça, os pecadores, para que também eles façam parte da festa e possam trilhar
o caminho estreito, cruzando a porta da vida, e, mais tarde, transfigurados, participem
do banquete eterno, junto dele. Então, desde já, os convivas, nas dobras da
vida, reconhecem a presença amorosa e misericordiosa de Deus, comunicando paz e
felicidade perenes.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
DEUS lhe abençoe e o ilumine. Obrigado p/ reflexão.
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