Reflexão do Evangelho - Domingo, 22 de janeiro
Reflexão
do Evangelho
Domingo,
22 de janeiro
Mt
4,12-17 - Jesus em Nazaré, início de sua pregação
No
deserto, Jesus se recusa a fazer milagres, em proveito próprio, sem beneficiar
alguém, só para legitimar a sua missão. Após esse período no deserto,
impulsionado pelo Espírito divino, Jesus retorna à Galileia, onde teve uma
presença contínua: sua fama espalhou-se por toda a região e a narrativa de sua
vida é revivida pela comunidade de fé, chegando até nós. Lá, Ele percorreu
aquelas pequenas cidades, espalhadas em volta do lago de Genesaré, ensinando
nas sinagogas e curando os enfermos. “E era louvado por todos”.
O
início de sua atuação pública se dá com a visita à sinagoga de Nazaré, em que
lhe é entregue para ler um trecho do profeta Isaías, que anunciava o
Messias-profeta dos últimos tempos. Atentos à sua pregação, todos ficaram
bastante surpresos ao ouvi-lo dizer que a profecia de Isaías estava se
realizando “aqui e agora”. Obviamente, a declaração de Ele ser a presença da
força eficaz e renovadora de Deus, o novo Moisés, que iria conduzir o povo à
Terra prometida do Reino de Deus, assustava, provocando a pergunta: “Mas, não é
este o filho de José? ”. Aliás, a sua missão há de ocasionar toda espécie de
perguntas, não desconhecidas por Ele.
“O
ungido com o Espírito Santo” anuncia o Evangelho, a boa notícia do amor e da
misericórdia, sua ação libertadora e restauradora, para pecadores e não
pecadores, bons e maus, porque todos são iguais diante de Deus. Dirá S. Irineu:
“Como portador permanente do Espírito Santo, Jesus salva e torna a humanidade
participante da superabundância da unção divina”: é a integração de todos, quer
sejam ou não justos, na comunhão da humanidade, resgatada por Ele, em seu
sangue redentor. É o início da missão de Jesus, que nos oferece a salvação que
vem de Deus e nos introduz, pelo Espírito Santo, na experiência do amor
trinitário. Em termos de fé, S. Atanásio proclama: “Deus se fez portador da
carne, para que o homem pudesse tornar-se portador do Espírito”.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, ofm.
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