Reflexão do Evangelho - Sexta-feira, 20 de janeiro
Reflexão
do Evangelho
Sexta-feira,
20 de janeiro
Mc
3,13-19 – Escolha dos Apóstolos
Logo no início de sua vida pública, o
Evangelista fala do chamado dos primeiros quatro discípulos e, finalmente, de
Levi, o publicano, que passa a pertencer ao grupo dos discípulos. Interessante
é o modo como se dá o chamamento: eles estão ocupados em suas atividades do dia
a dia, quando Jesus passa e diz a cada um: “Vem, segue-me”. Seu chamado é ação
do Profeta escatológico, que veio para estabelecer o reinado de Deus, e exige
dos discípulos o abandono dos próprios bens e atividades, para se colocarem
totalmente a serviço do Reino, que está próximo. Dá-se uma verdadeira
conversão: se a Lei é considerada como insuficiente para comunicar a
justificação, a presença de Jesus é experimentada como salvação, graça e
misericórdia oferecidas gratuitamente por Deus a todos.
Após passar a noite em oração, Ele chama
os discípulos e “dentre eles escolhe Doze, aos quais dá o nome de Apóstolos”.
Já no Antigo Testamento existiam os “sheluchim”, apóstolos em grego, que tinham
a incumbência de reforçar os vínculos existentes entre os lares de Israel. No
Novo Testamento, o título apóstolo adquire o sentido de missionário, também de
representante ou testemunha, pois eles terão a missão de atestar que Cristo
ressuscitado é o mesmo com quem eles conviveram em sua vida pública. “Quem vos
escuta, a mim escuta”, diz o Mestre, o primeiro “Apóstolo” ou a testemunha por
excelência, enviado pelo Pai.
Por
sua vez, ao falar da missão dada a eles por Jesus, Santo Ambrósio declara serem
“eles semeadores da fé para tornar presente no mundo o auxílio da salvação dos
homens. Presta também atenção, continua Ambrósio, ao desígnio divino, pois Ele
não escolheu para o apostolado pessoas sábias, ricas, nobres, mas pescadores e
publicanos: não devia parecer que eles atrairiam as multidões por causa de sua
sabedoria, nem que as comprassem com suas riquezas; muito menos as atraíssem à
graça divina por força de seu prestígio e de sua nobreza. Prevalecia o
argumento intrínseco da verdade, não a atração do discurso”. Jesus os chama
para que estejam com Ele e possam conhecê-lo como o Filho amado do Pai
celestial, e, a partir desta experiência, sejam testemunhas de sua vida e
ensinamentos. Começando pelas ovelhas perdidas de Israel, eles iriam levar a
sua mensagem “até os confins da terra”.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, ofm
DEUS lhe abençoe lhe ilumine. Obrigado p/ reflexão D. Fernando.
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