Reflexão do Evangelho - Quarta-feira, 11 de janeiro
Reflexão
do Evangelho
Quarta-feira,
11 de janeiro
Mc
1,21-28 - A cura da sogra de Pedro
Logo no início de sua vida pública,
Jesus costumava ir à casa de Simão, que vivia em Cafarnaum. Certa feita, vendo
a sogra de Pedro doente, Jesus dela se aproxima e a toma pela mão, levantando-a
da cama. O fato de a febre passar imediatamente, graças ao toque de Jesus, faz
com que São Jerônimo suplique: “Que o Senhor toque
também nossa mão, para que sejam purificadas nossas obras, que Ele entre em
nossa casa, para que nos levantemos para servir”. Ao entardecer, já curada, a
sogra de Pedro servia-os.
Ao curar os doentes, falando e agindo como presença da
benevolência de Deus e de seu inesgotável amor, Jesus anuncia a vinda do Reino
de Deus, em sua própria pessoa. Seus seguidores hão de ter a mão sempre
estendida àquele que está caído, para levantá-lo e transmitir-lhe novo ânimo;
como também, ao que está angustiado ou acorrentado às realidades materiais,
para resgatá-lo e reconciliá-lo com Deus. Fazendo eco às palavras do Mestre,
eles anunciam a presença do Reino de Deus, início da jubilosa era da presença
de Jesus, e atraem à Boa Nova do Evangelho numerosas pessoas, que ressurgem
para uma nova vida e se prontificam a servir o pão da misericórdia e da bondade
aos seus semelhantes.
Com a cura da sogra de Simão Pedro, a fama do Mestre correu de
boca em boca e se espalhou por toda a região. Os vizinhos e habitantes da
cidade “levaram-lhe todos os enfermos e possessos do demônio”, e Ele, impondo
as mãos sobre cada um, os curava e os libertava dos espíritos imundos. Seu amor
é sem limites. Ele atendia às súplicas de todos e restabelecia a vitória da paz
sobre a violência, da bondade sobre a maldade.
Ao raiar do dia, como era seu costume, Jesus saiu e foi para um
lugar solitário, pondo-se em oração. Em vários momentos, Ele se encontra em
oração durante horas e, até mesmo, ao longo de noites em claro, o que suscita
em nós uma inquieta interrogação: podemos abandonar a oração? O exemplo de
Jesus desperta a convicção de que só teremos uma relação pessoal com o Deus
vivo, caso nos coloquemos em oração, isto é, mantendo, no dizer de Evágrio,
“uma real conversação com Ele”. Por sua vez, no tocante à oração, Santo
Agostinho lembra que ela não tende a atrair Deus para nós, pois “Ele é mais
íntimo a nós que nós a nós mesmos”. Para Agostinho, ela não apenas nos aproxima
de Deus, mas nos permite tomar consciência de sua proximidade, o que nos enseja
dizer, com S. Macário: “Senhor, tudo está em Ti, eu mesmo estou em Ti,
acolhe-me! ”.
Dom Fernando Antônio Figueiredo. ofm
DEUS lhe abençoe e lhe ilumine. Obrigado p/ reflexão D. Fernando.
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