Reflexão do Evangelho de Quarta-feira 02 de setembro
Reflexão do Evangelho
de Quarta-feira 02 de setembro
Lc 4, 38-44 - A cura da
sogra de Pedro
Logo
no início de sua vida pública, Jesus costumava ir à casa de Simão, que vivia em
Cafarnaum. Certa feita, vendo a sogra de Pedro doente, Jesus dela se aproxima
e, tomando-a pela mão, Ele a levanta da cama. O fato de a febre passar
imediatamente, graças ao toque de Jesus, faz com que São Jerônimo suplique: “Que o Senhor toque também nossa mão, para que sejam
purificadas nossas obras, que Ele entre em nossa casa, para que nos levantemos
para servir”. Ao entardecer, já curada, a sogra de Pedro servia-os.
Ao curar os
doentes, Jesus nos prepara para um tipo de vida mais autêntico, aberto à
liberalidade de Deus e ao seu inesgotável amor. Nossa mão estará sempre estendida
àquele que está caído para levantá-lo e transmitir-lhe novo ânimo. Faremos o
mesmo com os que estão angustiados ou acorrentados às realidades materiais. A
todos iremos comunicar a Boa-Nova do Evangelho, pois quem se deixa tocar pelo
amor de Jesus se ergue e estará pronto a servir o pão da misericórdia e da
bondade aos seus semelhantes.
Com a cura
da sogra de Simão Pedro, a fama do Mestre correu de boca em boca e se espalhou
por toda a região. Os vizinhos e habitantes da cidade “levaram-lhe todos os
enfermos e possessos do demônio”, e Ele, impondo as mãos sobre cada um, os curava
e os libertava dos espíritos imundos. Seu amor é sem limites. E, coisa
espantosa! Ele atendia às súplicas de todos e restabelecia a vitória da paz
sobre a violência, da bondade sobre a maldade. Todo o povo vinha a Ele, como
dirá São Máximo, pois “quanto mais eficaz aquele que cura, tanto mais importuno
se torna o sofredor”.
Ao raiar do
dia, como era seu costume, Jesus saiu e foi para um lugar solitário, pondo-se
em oração. Em vários momentos, nós o encontramos em oração durante horas e, até
mesmo, ao longo de noites em claro, o que suscita em nós uma inquieta
interrogação: podemos abandonar a oração? O exemplo de Jesus desperta a
convicção de que só teremos uma relação pessoal com o Deus vivo se orarmos ou
mantivermos com Ele, uma “conversação”, diz Evágrio. Santo Agostinho lembra-nos
que a oração não tende a atrair Deus para nós, pois “Ele é mais íntimo a nós
que nós a nós mesmos”, ela nos permite não apenas nos aproximarmos dele, mas
sim tomarmos consciência da sua proximidade. Ressoam então as palavras de S.
Macário: “Senhor tudo está em Ti, eu mesmo estou em Ti, acolhe-me! ”
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