Reflexão do Evangelho de Sexta-feira 18 de setembro
Reflexão do Evangelho
de Sexta-feira 18 de setembro
Lc 8, 1-3 - Mulheres que
seguem o Mestre
Acompanhado
por seus Doze Apóstolos, Jesus anuncia o Evangelho do Reino de Deus. Eles adotam
um estilo de vida itinerante, indo de aldeia em aldeia, de cidade em cidade, o
que leva muitos cristãos a se inspirarem neste modo de viver e a se tornarem
pregadores itinerantes. O Evangelho também se refere “à presença de algumas
mulheres – escreve S. Agostinho - que colocavam à disposição de Jesus e dos
Doze os seus bens, enquanto estes se dedicavam à pregação do Evangelho”. Além
das mulheres que acompanhavam habitualmente Jesus e os Apóstolos, outras
mulheres aparecem episodicamente no Evangelho, as que o Senhor encontrou em sua
missão e foram curadas, as convertidas e as que lhe ofereceram hospedagem.
Dentre
as mulheres citadas, destaca-se sua mãe Maria. Há a “outra” Maria, originária
de Magdala, cidade ao norte do Tiberíades, vizinha de Cafarnaum, onde Jesus
exerceu grande parte de sua missão. Ao falar dela, o Evangelista a caracteriza
como sendo aquela “da qual haviam saído sete demônios”. Número que simboliza,
como os sete dias da semana, a totalidade e indica a ação onipotente de Deus,
libertando-a de toda ação do Maligno. Outra mulher citada é Joana, “mulher de
Cuza, o procurador de Herodes”, proveniente, portanto, de um ambiente bem
diferente daquele dos demais discípulos. Ela se encontra entre as mulheres que
estão junto ao túmulo de Jesus (Lc 24,10).
Inumeráveis
e inestimáveis são as iniciativas de serviço das santas mulheres, naquele e em
todos os tempos. Elas se desvelam em ajudar os profetas. Servem aos Apóstolos
e, ainda hoje, estão presentes em toda ação evangelizadora da Igreja.
Dedicam-se aos estudos bíblicos, tão agradavelmente realizados em nossa geração,
cujas raízes estão presentes nos primeiros anos da vida da Igreja. A propósito,
observa S. Jerônimo: “Nos primeiros séculos, os estudos da Sagrada Escritura
constituem parte integrante dos ambientes monásticos e não são estranhos à vida
dos leigos, sobretudo, das mulheres”. Basta lembrarmos as pregações do Apóstolo
S. Paulo, às quais elas acorriam para ouvir, onde ele estivesse. Finalmente, impressiona-nos
a coragem e o desprendimento de muitas mulheres, conduzidas ao martírio, como a
jovem Blandina, em Lyon, e Felicidade e Perpétua, na África.
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