Reflexão do Evangelho de Quinta-feira 01 de outubro



Reflexão do Evangelho de Quinta-feira 01 de outubro

Lc 10, 1- 12 - Missão dos setenta e dois

                             

Aos setenta e dois discípulos, enviados à missão, Jesus descreve o Reino de Deus como absolutamente superior a tudo o que é fugaz. Ele abarca não só o povo de Israel, mas também os demais povos e nações. Em sua missão, os Apóstolos levarão a mensagem salvadora do Senhor para o mundo afora, estabelecendo comunidades e atualizando o gesto sacrifical de Jesus na celebração eucarística.     

Esse episódio do envio, colocado, justamente, no início da subida de Jesus a Jerusalém, caracteriza a ação formadora do Senhor, e manifesta o desejo de despertar ardor e fervor missionário nos discípulos, continuadores de sua missão. O que Ele pretendia era tornar a Igreja presente por toda parte, em sua intenção “católica”. Orígenes observa: “Não só os Doze Apóstolos pregaram a fé em Cristo, mas o Evangelho nos diz que outros setenta foram enviados para pregar a Palavra de Deus, para que graças a eles, o mundo conhecesse as palmas da vitória de Cristo”. Moisés escolheu setenta anciãos para ajudá-lo em sua tarefa de liderar o povo através do deserto. O Sinédrio, conselho que governava o povo de Israel, era composto de 70 membros. Em Jesus, esse número quer expressar a totalidade das nações e povos, para os quais seus discípulos deviam levar sua Palavra e agir no seu poder. Em vez de erguer o homem a Deus, eles vão anunciar um Deus que veio aos homens para avivar em seus corações o amor divino. 

       Os discípulos pertencem ao grupo dos artesãos da paz, pois, diz o Senhor: “Se houver um homem de paz, a vossa paz irá repousar sobre ele; caso contrário voltará a vós”. E os homens, que os não acolherem, hão de rejeitá-los e mesmo persegui-los. No entanto, embora “como ovelhas no meio dos lobos”, não sucumbirão, escreve S. Cirilo de Alexandria, “porque eles têm Jesus como pastor e Ele os protegerá dos lobos em meio às perseguições”. Assim, confiantes e provando seu amor a tudo e a todos, como destaca S. Agostinho, “eles darão a paz aos que encontrarem, sem discriminação, embora ela só seja recebida pelos que são filhos da paz”.

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