Reflexão do Evangelho de Quarta-feira 09 de setembro
Reflexão do Evangelho
de Quarta-feira 09 de setembro
Lc 6, 20-26 - As
bem-aventuranças
Numa
bela manhã de primavera, o sol inundava a planície em que se encontrava Jesus,
ao seu redor os Doze, o grupo dos discípulos e o povo que Ele tanto amava. Estes
se lembram de suas primeiras palavras, ditas no início de sua missão:
“Convertei-vos e crede no Evangelho”. “Fixando os olhos em seus discípulos”,
Ele pôs-se a ensinar, seus sentimentos transbordam inundando o coração de seus
ouvintes, “onde, salienta S. Leão Magno, a mão veloz do Verbo escrevia os
decretos da nova Aliança”. O mundo inteiro escuta palavras de paz e de
misericórdia, que superam os antigos limites, coisas inauditas, as bem-aventuranças.
Ele fala de Paz e os espíritos se acalmam, os
pequenos e pobres, os famintos e os que choram, já têm o reino de Deus, “a vida
pura e sem mistura”, proclama S. Gregório de Nissa. É o início da pregação
profética, Ele anuncia e denuncia, proclama o cultivo das virtudes, a força do
amor e da solidariedade, a coragem de sustentar a verdade e de viver a
misericórdia. “Os mansos, escreve S. Leão Magno, possuirão a terra, numa paz
perpétua, e a provação se mudará em prêmio, o ônus de outrora agora será
honra”. Por outro lado, os que se opõem ao espírito serão regidos pelo egoísmo,
pela dureza de coração e pelo desejo de vantagens pessoais e de autopromoção.
Estes jamais compreenderão Jesus e a força de sua Palavra.
As bem-aventuranças
falam da pobreza, que torna o discípulo possuidor de uma riqueza essencial,
pois ele se abre para os outros, especialmente, para Deus e saúda o irmão Sol e
todas as criaturas, participando do coro universal de louvores a Deus.
Encorajado a deixar-se guiar pela liberdade interior, em que as paixões se
calam e os movimentos da alma se transformam em caridade, o discípulo trilha o
caminho que o introduz na Terra Prometida. Assim, vivendo o sermão da planície,
todos, todos participam do mistério de um Deus que é total comunicação em seu
Filho Jesus de Nazaré, que veio a nós em forma de perdão e misericórdia.
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