Reflexão do Evangelho de quarta-feira 21 de outubro
Reflexão do Evangelho
de quarta-feira 21 de outubro
Lc 12, 39-48 - Vigiai, pois
o Senhor não tarda a vir.
O Senhor nos
oferece o mais belo tesouro: a paz, a alegria, nossa realização. Assim é
descrito o fim dos tempos, cume de nosso percurso pelo tempo afora, rumo à
feliz eternidade de Deus. Mas podemos perdê-lo se não estivermos vigilantes,
pois nossa história se realiza em meio a ambiguidades, momentos de vida e de
morte. Daí a importância de cada instante da vida, pois não sabemos de antemão
nem o dia, nem a hora que o Senhor virá. O próprio Jesus nos alerta: “Ficai
preparados, porque o Filho do Homem virá numa hora que não pensais”. Orígenes,
grande escritor do século III, aconselha os homens que se mantenham em vigília
pela volta do Senhor tanto à tarde, à meia noite, ao canto do galo, quanto de
madrugada. Trata-se de uma comparação com as diversas idades do homem, ou seja,
devemos nos manter vigilantes na juventude, na meia-idade, na velhice e na mais
avançada fase da vida. E conclui ele: “Virá o Senhor ao que não deu sono aos
seus olhos, nem descanso às suas pálpebras, e guardou o mandamento daquele que
disse 'vigiai em todo tempo'”. Então, realiza-se o desejado futuro do homem: a
ressurreição dos mortos, experiência vivida e testemunhada pelos discípulos na
ressurreição de Jesus.
A parusia,
a volta de Jesus em sua glória, ocorrerá no tempo do Fim. Os que se prepararam,
seguindo os seus ensinamentos, participarão da plenitude da sua alegria junto
do Pai. Diante do fato de nem mesmos os anjos do céu saberem quando será a
volta do Senhor, São João Crisóstomo recomenda que “cada um sempre o espere e
sempre se empenhe” no serviço aos pobres e desvalidos.
A Tradição
cristã chama o momento após a morte de julgamento pessoal, para distingui-lo do
julgamento último, universal, embora também ele não deixe de ser pessoal. A
pessoa humana vive em sua situação de criatura livre e responsável, em comunhão
com seus semelhantes, cuja alteridade permanece irreduzível. A ressurreição
final assume o caráter de plenitude pessoal e comunitária, incluindo o próprio
universo. Tudo se transforma em presente e passa a existir na eternidade.
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