Reflexão do Evangelho de sábado 17 de outubro
Reflexão do Evangelho
de sábado 17 de outubro
Lc 12, 8-12 - Confessar
o nome de Jesus
Dirigindo-se
aos Apóstolos, diz Jesus: “Todo aquele que se declarar por mim diante dos
homens, o Filho do Homem também se declarará por ele diante dos anjos de Deus”.
Assegura-lhes que “se conduzidos às sinagogas, perante os principados e as
autoridades”, eles não deverão se preocupar “com o que se defender, nem com o
que dizer: naquele momento, o Espírito Santo lhes ensinará o que dizer”. Aliás,
toda esta passagem gravita em torno do testemunho dado pelos Apóstolos:
confessar ou negar o nome de Jesus. O modo como irão proceder terá repercussão no
julgamento final. Assim, quem não reconhece o seu nome perante os homens, o
Filho do homem também o negará perante os anjos de Deus. Palavras animadoras e,
ao mesmo tempo, assustadoras!
A expressão grega,
normalmente traduzida por “negar-se ao serviço de Cristo”, significa literalmente
“negar, dizer não”. Do mesmo modo, a “negação” do Apóstolo ou do discípulo
diante dos homens expressa a sua não correspondência ao “sim” dito ao Senhor, no
instante em que se decidiu por Ele. O “não”, deliberadamente dito, indica afastar-se
de Jesus e abandonar o seu seguimento, mesmo após ter recebido o Espírito
Santo.
Neste caso, aprisionado
por forças estranhas, o discípulo estará fechado ao Espírito divino e à
participação da vida de comunhão com Deus. Porém, ao desvincular-se do pecado,
ele se lança para Deus e, revestindo-se do nome do Senhor, é iluminado e
fortalecido pela graça divina. Calam-se as paixões e seus impulsos se
transformam em caridade, que desperta nele a responsabilidade e um grande
desejo: seguir o Mestre e dar testemunho dele, mesmo com o risco de sua própria
vida. O “sim” dado por ele, no início, não se reduz àquele instante, abrange
toda a sua missão, com as consequências correspondentes, inclusive o possível martírio.
Na
luz de Deus, o discípulo compreende que professar o nome do Senhor é aderir a
Cristo, que o reconhecerá no fim dos tempos. Então, ele “se declara por Cristo
diante dos homens”, e, abraçando a cruz, ele sofre e morre, jamais negando ao
Senhor, pois, no dizer de São Basílio Magno, “aprendeu a não opor resistência
ao Espírito Santo”. As turbulências do coração se decantam como água tranquila
e ele reconhece que a glória de Deus é sua vida e a sua glória é a visão de
Deus.
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