Reflexão do Evangelho de terça-feira 20 de outubro



Reflexão do Evangelho de terça-feira 20 de outubro
Lc 12, 35-38 - Prontidão para o retorno do Mestre
      
       O eterno e o infinito adquirem semblante e voz humana no Filho de Deus, nascido de Maria. Ele, revelação plena de Deus, entra em nossa história e comunica o Evangelho do amor e da misericórdia, que nos permite fazer parte da única contemplação do Criador, feito nosso Pai, em seu Filho, que se fez nosso irmão. Em sua vida pública, Ele nos prepara espiritualmente para seu retorno em glória, no fim dos tempos.
Para melhor compreendê-lo, Ele conta a parábola do “retorno inesperado de um senhor” após a festa de núpcias. O mesmo acontecerá com a vinda do Filho do Homem, que virá quando menos se espera, e oferecerá àqueles que estiverem vigilantes seu Reino de paz e de justiça. Eles, porém, correm o risco de perdê-lo, caso não se preparem devidamente para a sua vinda ou, como diz o Evangelho, não tiverem “os rins cingidos e as lâmpadas acesas”.
A expressão trazer “lâmpadas acesas”, segundo S. Agostinho, significa manter-se vigilante mediante a prática das boas obras; e “ter os rins cingidos” significa, na cuidadosa instrução dada a Moisés e a Aarão, no tocante à Páscoa, conservar-se na disposição virtuosa de quem se orienta de acordo com a reta razão e não se deixa guiar pelos movimentos impetuosos das paixões.
Nesse sentido, o discurso escatológico de Jesus fala da necessidade de nos prepararmos para o seu retorno, colocando-nos sempre nos ternos e misericordiosos horizontes do Pai. Para S. Francisco de Assis esse momento se traduz por uma vida feliz, não mais ameaçada pela morte, mas de comunhão eterna no “cumprimento da santíssima vontade do Pai”.
 Desde já, objetivamente, participamos da luz da Transfiguração de Jesus, guardando sempre o pressuposto da liberdade e de uma vida guiada por uma consciência reta e justa. Na ressurreição final, cada um receberá o corpo em sua integridade. Este o exprimirá de modo total e adequado, na comunhão com a Trindade santa, realizando-se, assim, as palavras do prefácio da missa dos mortos: “Ó Pai, para os que creem em vós, a vida não é tirada, mas transformada, e desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível”.

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