Reflexão do Evangelho de Segunda-feira 05 de outubro
Reflexão do Evangelho
de Segunda-feira 05 de outubro
Lc 10,25 - 37 O maior
mandamento
Jesus nos comunica o
amor sobrenatural do Pai, para que no amor com que Ele nos ama possamos amar
nossos semelhantes. No entanto, embora a Lei mosaica fale do amor fraterno, os
escritos rabínicos não o relacionam diretamente com o amor devido a Deus. Ao
contrário dos rabinos, Jesus evita toda possível ilusão de julgar que se possa
amar verdadeiramente seu semelhante, sem amar a Deus. Nesse sentido, a
afirmação de S. João de que “Deus é amor”, não é um conceito abstrato; ela
reflete a experiência de Deus como intimidade, e, portanto, como fonte de
ternura e de comunhão fraterna.
E eis que um Israelita,
doutor da Lei, se aproxima de Jesus e levanta uma questão sobre a caridade, em
termos abstratos: “Que devo fazer para ter a vida eterna? ”. Ele não nega o
mandamento do amor a Deus e ao próximo como essencial para se chegar à vida
eterna, mas não percebe bem a relação entre ambos. Por isso, para se
justificar, pergunta-lhe: “E quem é meu próximo”? A resposta de Jesus é simples
e direta. Através de uma parábola, Ele descreve a história de um homem que caiu
nas mãos de assaltantes e é deixado no chão, ferido, semimorto. É a parábola do
Bom Samaritano.
Já no início do relato,
Jesus amplia os horizontes do doutor da Lei, para quem o próximo era todo
membro de seu povo, à exclusão do estrangeiro. Ora, três pessoas passaram por
ali e não socorreram o homem prostrado no chão da estrada. O primeiro era um
sacerdote, outro um levita, o terceiro era um Samaritano, que estava de viagem,
que ao vê-lo teve compaixão dele. Aproximou-se, curou-lhe as feridas, e
finalmente levou-o à estalagem próxima para que aí pudesse se recuperar. Quando
voltasse, ele pagaria, então, ao dono da estalagem o que tinha despendido a
mais. O fato de precisar que retornaria não é arbitrário. Ao longo do
Evangelho, notadamente nas parábolas, fala-se do retorno de Cristo no fim dos
tempos, quando seremos purificados e acolhidos em sua eternidade.
Mas eis a grande
novidade apresentada por Jesus, válida para todos nós: o próximo é todo aquele
que encontramos ao longo do caminho, pouco importa quem ele seja, sua crença,
sua raça, sua condição física e moral. Depende de nós fazê-lo nosso próximo e
amá-lo no amor com o qual amamos a Deus e a nós mesmos. Então, voltando-se para
o doutor da Lei, diz-lhe Jesus: “faze isto e viverás”.
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