Reflexão do Evangelho de Quinta-feira 08 de outubro
Reflexão do Evangelho
de Quinta-feira 08 de outubro
Lc 11, 5-13 – A oração
perseverante (amigo importuno)
Após ensinar a oração
do Pai-Nosso, Jesus envia seus Apóstolos pelo mundo em fora, despertando nos
corações uma fé voltada para Deus, no cumprimento de sua santíssima vontade.
Firmes, ternos e solícitos, eles mostrariam o seguro caminho para chegar a
Deus: o irrenunciável mandamento de amar uns aos outros.
Com o propósito de
esclarecer os discípulos, Jesus conta-lhes a parábola do amigo importuno. Em
horas avançadas da noite, alguém recebe um amigo e, nada tendo para oferecer-lhe,
apressadamente, recorre ao vizinho, que já se tinha recolhido para dormir. A
hospitalidade era um dever sagrado, por isso, persistentemente, ele bate à
porta e o chama. Mesmo que o vizinho não se levante logo para atendê-lo, mas por
ser amigo e por causa de sua insistência, ele resolve dar-lhe “tudo aquilo de
que ele precisa”. Ele perseverou porque confiava no amigo. Também nós, diz o
Senhor, confiemos no Pai, pois Deus não deixa de ouvir nossas orações e nos
atende graciosamente, concedendo-nos muito além de nossas expectativas. Perseveremos
na oração, pois “o Senhor não só ordena pedir, observa S. João Crisóstomo, mas
quer que as nossas preces sejam fervorosas e perseverantes. É o sentido das
palavras que se seguem: ‘buscai e achareis’”.
Deus existe e nos ama.
Ele quer o melhor para os seus filhos, que Ele acolhe e introduz no espaço de
confiança filial, dando-lhes a possibilidade de uma decisão livre que exprima a
totalidade de sua vida no amor misericordioso do Pai. Atraídos pela doçura de seu
amor divino, afastam-se deles a angústia e o medo, a inimizade e o ódio. S.
Agostinho, meditando sobre esta passagem bíblica, comenta: “Os discípulos encontram
repouso no Senhor e descanso na grande santificação, pois eles são
enriquecidos, recebendo, e Ele não se empobrece dando”.
Na oração perseverante,
envolvidos pela luz divina, somos levados a percorrer, com confiança
inabalável, a senda do monte Tabor. Unimo-nos ao Senhor que, cheio de compaixão
e de amor, se une a nós, transfigurando-nos. Então, no dizer de Pseudo-Macário,
“nossa alma e o Senhor formam um único espírito, uma única vida, um só
coração”.
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