Reflexão do Evangelho de sábado 24 de outubro



Reflexão do Evangelho de sábado 24 de outubro
Lc 13, 1-9 - Convite à conversão
        
         Certa feita, vieram algumas pessoas contar a Jesus um dos incidentes ocorridos com seus ouvintes judeus. Um crime perpetrado por Pilatos. Tornava-se ainda mais grave pelo fato de ter-se dado no Templo, profanando o lugar sagrado de adoração a Deus. Jesus aproveita a ocasião para lançar um convite à conversão, pois resta ainda algum tempo, embora limitado, para “produzir dignos frutos de penitência”. Não se pode, porém, concluir que o episódio da morte dos galileus pressuponha o fato de eles serem pecadores, pois todos são pecadores e são exortados a dar frutos de penitência. Nesse sentido, através da parábola da figueira estéril, Jesus destaca que o “tempo da visita”, sua presença entre nós, é tempo de conversão, e a resposta deve ser imediata e incondicional, uma vez que o tempo já praticamente passou.
A figueira, diz Santo Agostinho, está significando o gênero humano, convocado por Jesus a uma vida nova, na comunhão com o Pai e no serviço despretensioso aos irmãos. Após três anos de cuidados e esmerada atenção, não encontrando nenhum fruto, o viticultor estava prestes a cortar a figueira, quando há a intervenção de um homem compassivo, que, como escreve Santo Agostinho, “intercede junto a ele, para que cave ao redor e coloque adubo, o que indica paciência e humildade. Esperemos os frutos, pensa ele. Como, porém, só uma parte dará frutos, outra não, virá o dono e a dividirá. Que significa dividi-la? O fato de que há bons e maus, unidos no momento presente num único corpo”.   
        Na literatura bíblica, sentar-se à sombra de uma figueira era sinal de paz e de bem-estar físico e social, e o fato de ela secar constituía para Israel símbolo temível de infelicidade e de sofrimento. S. Cirilo de Jerusalém lembra que, ao contar a parábola, Jesus “deseja que produzamos bons frutos para que não ocorra o que se deu com a figueira estéril, cortada e lançada fora”. É possível ser árvore infrutífera, verdejante e, no entanto, inútil, como pessoas de muitas e belas palavras, mas sem frutos que mostrem uma atitude de paz e de fraternidade.
 Ainda há tempo para mudar; o Senhor nos oferece o perdão, dom gratuito e generoso, de modo a trilharmos o caminho que conduz ao Pai, produzindo frutos de amor e de misericórdia.

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