Reflexão do Evangelho de sexta-feira 16 de outubro



Reflexão do Evangelho de sexta-feira 16 de outubro
Lc 12, 1-7 – Falar abertamente e sem temor

        Após exortar os discípulos a testemunhar o Evangelho, com o risco da própria vida, Jesus repete por quatro vezes: “Não tenhais medo”. Sem titubear, eles deverão manter-se firmes na fé e na alegria da esperança, pois a fidelidade deles na “confissão de fé” corresponderá à fidelidade de Jesus em reconhece-los na glória celestial.
        A seguir, visando fortalecê-los em sua missão apostólica, o Mestre descreve quatro antíteses, cujo objetivo é inculcar-lhes a certeza de que a verdade acabará prevalecendo, pois “nada há de encoberto que não venha a ser revelado, oculto que não venha ser conhecido”. Ademais, o que lhes foi ensinado na intimidade da vida apostólica, eles irão proclamar, com força e sem temor, a todos publicamente. Eles nada têm a temer. O mesmo se diga dos sofrimentos suportados na sombra dos calabouços ou das salas de tortura, pois, graças à promessa do Senhor, eles irão refulgir no palco das arenas, ou seja, no grande dia do julgamento final, diante do Senhor.
Desse modo, com palavras simples, concretas e vivas, Jesus lhes transmite ternura e doçura, e lhes garante que agirá nele e por meio deles, despertando no âmago de seus corações a certeza de que são amados e que amar a Deus não é um dever, é um grito de reconhecimento pelo fato de Ele os ter amado por primeiro e dado sua vida por eles. Por isso, diz S. João Crisóstomo, “ Ele é chamado o Deus da consolação e das misericórdias”.
Os discípulos sentem-se emocionados e agradecidos ao ouvirem essas palavras amorosas de Jesus, referindo-se ao Pai: “Não se vendem dois pardais por um asse. E, no entanto, nenhum deles cai em terra sem o consentimento do vosso Pai! Quanto a vós, até mesmo os vossos cabelos foram todos contados. Não tenhais medo, pois valeis mais do que muitos pardais”. Em seus corações, solidifica-se a confiança no Pai, que zela e cuida de todos, pois até mesmo as pequenas criaturas são objeto da solicitude divina.
Fortalecidos, eles serão capazes de imolar a própria vida em defesa da mensagem do Senhor, em seus princípios éticos, morais e religiosos. Através dos séculos, muitos os seguirão.

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