Reflexão do Evangelho de domingo 15 de novembro



Reflexão do Evangelho de domingo 15 de novembro
Mc 13,24-32 – Manifestação gloriosa do Filho do Homem
      

       Mais uma vez, o Senhor fala dos sinais do fim dos tempos, e se refere aos transtornos cósmicos, previstos por toda a tradição apocalíptica. A utilização de diversas imagens, por vezes fortes, indica que seu objetivo não é apresentar uma descrição científica dos acontecimentos últimos do homem e da história, mas, em sua aparente simplicidade, é despertar a fé e a necessidade da vigilância. A incerteza do perigo sugere aos discípulos a vigilância, disposição alimentada pela confiança e pela espera da vinda do Senhor, luz e rocha inquebrantável.
       O juízo proposto pelo Senhor não é postergado para o fim dos tempos, mas se realiza desde já. É a inauguração dos tempos messiânicos, em que a agitação dos povos é apaziguada por Ele, a não ser que a tentação do homem de viver como se Deus não existisse, e a sua imprevidência, o conduzam à ruína. Mas o anúncio não é sobre o fim de tudo; o que nos é prometido “são os novos céus e a nova terra”, onde Deus por seu Cristo reinará total e definitivamente.
Desde agora, todos são exortados a se prepararem como melhor podem. O critério, que permite separar as ovelhas das cabras, já é conhecido dos discípulos: depende da atitude que eles assumem na estrada que conduz de Jerusalém a Jericó. Eles se comportarão como o sacerdote e o levita, mantendo um coração indiferente e duro, ou como o Samaritano, que manifesta misericórdia e amor? A Parusia, segunda vinda do Senhor, já está presente aqui e agora, antecipando a que há de vir, quando, então, “aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem”. Este sinal que irá brilhar no céu, no dizer de Pedro o Venerável, “é a cruz, estandarte dos povos, verdadeiro sinal do Filho do homem, para ensinar aos humanos que eles não podem subir ao céu, a não ser por ela”. S. João Crisóstomo exclama: “Eis um sinal salutar, grande, brilhante, da benevolência divina”.

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