Reflexão do Evangelho de sexta-feira 06 de novembro
Reflexão
do Evangelho de sexta-feira 06 de novembro
Lc 16,
1- 8 - Parábola do administrador infiel
Jesus conta a parábola de um administrador,
que é acusado de gerir mal os negócios do seu patrão. Prevendo ser despedido, ele
age habilmente, tomando medidas urgentes e inadiáveis: reduz as dívidas dos
credores, de modo a ter amigos que garantam o seu futuro. A reação do patrão é surpreendente. Em lugar
de repreendê-lo, ele o felicita pela sua sagacidade. Como entender seu
significado, pois pareceria que Jesus está aprovando a ação fraudulenta do
administrador.
Na
realidade, Jesus não está afirmando que o administrador agiu com sabedoria, mas
sim astutamente, segundo a mentalidade deste mundo. Ele não justifica o modo de
proceder do patrão, tampouco do administrador, Ele está, simplesmente, exortando
seus ouvintes a agir de modo decidido para granjear amigos, que os acolham no
Reino dos Céus. Assim, em contraposição aos “filhos deste século”, Ele lembra
aos “filhos da luz” que usem de prudência no serviço de Deus, socorrendo os
pobres, os desprotegidos e os que nada podem retribuir neste mundo.
No final do relato, a reprovação do
Senhor ao mau administrador é explícita. Além de declará-lo infiel e desonesto,
o Senhor lança um vigoroso apelo para que os “filhos da luz” superem a
sagacidade dos “filhos do mundo”, porque as decisões, que forem tomadas neste
mundo, terão uma repercussão eterna. Nesse sentido, exclama S. Agostinho: “O
administrador infiel provia uma vida que deve terminar. E tu não queres prover
aquela que é eterna?” As obras de misericórdia intercedem por eles junto de
Deus, como bem expressa S. Ambrósio, ao declarar: “Os peitos dos pobres, as
casas das viúvas, as bocas das crianças são os celeiros que permanecem na
eternidade”.
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