Reflexão do Evangelho de terça-feira 01 de dezembro
Reflexão
do Evangelho de terça-feira 01 de dezembro
Lc
10,21-24 - Evangelho revelado aos simples
Pôs-se Jesus a dizer: “Eu te louvo, ó
Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e
doutores e as revelaste aos pequeninos”. Em seu tempo, se a oração dirigida a
Deus como Pai era excepcional, em Jesus, ela é comum, o que revela
evidentemente a lembrança que os Apóstolos tinham de sua atitude em relação a
Deus. Modo simples, espontâneo e natural, que ficou gravado no coração dos
discípulos, e que se tornou comum na Igreja nascente. O júbilo de Jesus é
porque a revelação é dada aos pobres e humildes, aqueles que Ele também
denomina “bem-aventurados”; e não aos chefes e doutores da Lei que, em seu
orgulho intelectual e frieza de coração, se fecharam para as coisas de Deus e
de seu Reino.
Jesus rende graças ao Pai, porque diz
Ele: “Escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos
pequeninos”. E, mais adiante, acrescenta: “Ninguém conhece quem é o Filho senão
o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser
revelar”. O verbo conhecer, em seu sentido bíblico, exprime aqui a comunhão
tanto no pensar como no querer. A designação “Filho de Deus” não é um simples
título, mas uma intimidade, uma comunhão total e perfeita de Jesus com o Pai. Unido
ao Pai, Ele é fonte de vida para todos os membros da comunidade. .
Portanto, é na intimidade com Deus que os simples e pequenos são
introduzidos, quando ouvem e aceitam com fervor as palavras de Jesus. No dizer
de São Gregório de Nazianzo, “o Senhor se faz pobre; suporta a pobreza de minha
carne para que eu alcance os tesouros de sua divindade. Ele tudo tem, de tudo
se despoja; por um breve tempo se despoja mesmo de sua glória para que eu possa
participar de sua plenitude”. Eis a maior riqueza comunicada pelo amor
transbordante de seu Sagrado Coração à humanidade: fazer parte da glória, da
vida íntima do Pai.
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