Reflexão do Evangelho de terça-feira 10 de novembro


Reflexão do Evangelho de terça-feira 10 de novembro
Lc 17, 7-10 – Servir com humildade


     Nas obras e palavras de Jesus, torna-se transparente o “hoje” do Reino de Deus, e evidencia-se a posição que seus discípulos hão de ter em relação ao Pai: anunciar que o coração do seu mistério é o amor misericordioso, que transforma a vida dos pecadores e alimenta uma fé confiante em todos os que acolhem o seu Filho Unigênito.
       No desejo, porém, de se tornarem mais fortes na fé, os Apóstolos suplicam ao Senhor: “Aumentai a nossa fé”. Sem negar-lhes o pedido, o Senhor lhes apresenta uma exigência: fustigar a arrogância, atitude altiva e desdenhosa, e ser humilde no serviço. Fala-lhes, então, do patrão que diz ao servo, após ter trabalhado o dia todo: “Prepara-me o jantar e serve-me, até que eu tenha comido e bebido; depois, comerás, por sua vez”. O servo, simples e disponível, não alimentando qualquer pretensão, age de modo desinteressado e dá o melhor de si mesmo.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    
      No entanto, Jesus recomenda-lhes que não se deixem ensoberbecer pelo que hão de fazer, mas, como servidores, sejam animados por uma atitude religiosa e espiritual, que não lhes permita estabelecer condições, nem colocar limites ao dom recebido de Deus, pois o próprio Filho se fez “servidor” e foi “entregue” por nós, corpo e alma, até à morte e morte de cruz.
       A recompensa, presente no final do relato, é dom gratuito da bondade do Senhor, que não deixa de premiar o servo que ama generosamente e, na humildade, dá o melhor de si mesmo, a despeito de ele não ter feito nada mais do que cumprir com o seu dever. A recompensa é dom gratuito da misericórdia divina. Afasta-se então a ideia de que a salvação é fruto de nossas ações, “porque somos salvos por Cristo, diz S. Agostinho, mediador humilde, que aconselha a  humildade”.

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