Reflexão do Evangelho de segunda-feira 11 de abril



Reflexão do Evangelho de segunda-feira 11 de abril
Jo 6, 22-29 - Jesus em Cafarnaum


       Após o milagre da multiplicação dos pães, Jesus dirigiu-se para Cafarnaum, na outra margem do lago de Genesaré. A multidão, notando que Ele e os Apóstolos se tinham retirado, foi à sua procura e ao encontrá-lo, para espanto dos escribas, que vieram de Jerusalém, pergunta-lhe, com certa familiaridade: “Rabi, quando chegaste aqui? ”. O fato de chamá-lo de Rabi situa o diálogo no nível do ensinamento e revela o reconhecimento, no dizer de S. Jerônimo, “de Ele ser o Senhor, que fala sem se apoiar em outra autoridade superior, mas a partir de si mesmo”. Ele não responde quando nem como veio, mas, simplesmente, declara: “Vós me procurais, não por terdes visto sinais, mas porque comestes dos pães e vos saciastes”. Como se infere, eles veem só o caráter miraculoso da multiplicação dos pães, mas não como sinal da presença de Deus, agindo na pessoa do seu Filho. 
Então, as perguntam se alternam, levando alguns, maravilhados com suas obras, a procurarem saber o que era preciso fazer para “trabalhar nas obras de Deus”. Sua resposta é imediata e simples: “A obra de Deus é que vós creiais naquele que Ele enviou” e que compreendais que há algo mais do que o alimento ou o bem-estar físico. E para que não houvesse dúvida, Ele acrescenta: “Trabalhai, não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna”. É um desafio a todos para que, praticando o que agrada ao Pai, eles acolham a missão de seu Filho, autor da obra divina da Salvação. O pão, sinal “vindo do céu”, é o selo ou a marca de autenticidade da sua autoridade divina.   
Em síntese, a única obra fundamental que Deus exige é que se creia naquele que Ele enviou: o seu Filho Jesus. Nem mesmo sua morte abala a confiança em sua mensagem sobre a vinda do Reino de Deus, que liberta o ser humano e o devolve a si mesmo, numa relação pessoal com o Pai. Deus não está longe, pois o ser humano, segundo S. Gregório de Nissa, “traz, no mistério de sua vida, a marca indelével da divindade”.

Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM

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