Reflexão do Evangelho de quinta feira 21 de julho
Reflexão
do Evangelho de quinta feira 21 de julho
Mt 13,
10-17 - Jesus fala em parábolas
Através de parábolas, Jesus ia manifestando
aos seus discípulos um modo novo de enxergar a vida, para eles totalmente
inusitado. As parábolas são breves histórias, que denunciam, por meios bastante
simples, como o fermento e a semente, a ação de Deus na vida dos que acolhem o
feliz anúncio de salvação, e impelem as pessoas presentes a tomarem uma decisão:
acolher ou não o Reino de Deus. As parábolas, também, não deixam de ser provocadoras,
pois exigem uma abertura à mensagem presente nas narrativas, convocando a um agir
segundo a justiça e a misericórdia. Porém, entre os ouvintes, há os que são surdos
ao anúncio de Jesus e não admitem dúvidas sobre a própria infalibilidade. Observando-os,
após alguns instantes de silêncio, Ele continua a falar da instalação do Reino
de Deus e, de uma forma discreta e humilde, da presença mística do seu amor,
que derruba qualquer obstáculo e confere vida nova aos que se convertem e vivem
a comunhão fraterna. É preciso tomar posição: converter-se ou não.
As palavras de Jesus são simples e
cativantes, suas atitudes não refletem qualquer forma de autoritarismo ou
superioridade. Os recursos de linguagem utilizados por Ele, longe de obscurecerem
os relatos, ao contrário, constituem um modo profundo e verdadeiro de revelar o
que é inacessível à simples razão humana. Com imagens tomadas da vida cotidiana,
as parábolas ilustram os ensinamentos de Jesus, que veio não para cegar, mas
para revelar ao mundo o fato de que Deus não abandonou a humanidade e quer
renovar com ela, de modo definitivo, uma nova aliança de salvação.
Da
mesma forma que os rabinos, Jesus dá explicações das parábolas e, por vezes, faz
aplicação direta dos relatos, como por exemplo, na parábola dos vinhateiros
homicidas. Assim, graças às parábolas, Ele
conduz os discípulos a saborear, no dizer de S. Agostinho, “a alegria da
verdade” e a felicidade da presença de Deus entre eles, de um Deus
misericordioso, consolador, incrivelmente magnânimo. O “dia do Senhor”
torna-se, para eles, o dia inaugural do reinado de Deus, que só quer o que é
bom para a humanidade.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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