Reflexão do Evangelho do dia 09 de Agosto de 2013
Sexta-feira – 09 de agosto
Mt 16, 24-28: Condições para seguir
Jesus
Diz Jesus aos seus discípulos: “Se
alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. Nas
palavras de Jesus, há doçura e respeito à liberdade de cada pessoa. Salienta S.
João Crisóstomo: “Ele não força, não constringe, mas torna cada um senhor da
sua livre escolha”. Embora haja os que se opõem à reconciliação e estabelecem
um conflito entre o reino de Deus e o reino das trevas, ele veio para resgatar,
na misericórdia e no amor, os corações despedaçados e a humanidade pecadora. Por
isso, faz-se necessário escolher, de modo claro e firme, pois “quem quer salvar
a vida, vai perdê-la, mas o que perder a sua vida por causa de mim vai
encontrá-la”. Escreve S. João Crisóstomo: “A vida obtida de modo indevido
torna-se perdição. Pior ainda. Não há nada que a possa resgatar. Que vantagem
lhe advém, mesmo ganhando o mundo, se perde a sua alma?” O sacrifício de Abraão
e, mais tarde, o martírio dos Apóstolos serão um exemplo forte da necessidade
de escolher para se tornar digno do Senhor e, assim, estabelecer a vitória
contra o reino das trevas, que deseja desviar-nos do bem para o mal, da verdade
para a decepção, da luz para as trevas, da vida para a morte. Nesta batalha espiritual,
não há meio termo. Não se pode deixar de escolher.
Se as exigências são grandes, elas,
porém, enraízam-se, no dizer de S. Paulo, na grandeza mesma da missão conferida
ao cristão, chamado a transcender a si mesmo, graças à força interior do amor,
dom inefável, com o qual ele ama a Deus e quer bem a seus semelhantes. Por ser
participação do próprio amor de Deus, esse amor dilata o coração humano,
tornando-o disponível e levando-o a compreender as palavras de Jesus: “Eu vim
não para ser servido, mas para servir”. E, assim, o menor serviço, feito em
benefício do próximo, adquire um valor incomensurável.
Justamente por essa razão, os santos
Padres não compreendem a renúncia como uma realidade negativa, mas como caminho
para o homem encontrar-se consigo mesmo, colocando-se na prática do bem e no crescimento
de sua entrega livre à misericórdia divina. Portanto, para o seguidor do
Senhor, a renúncia não é negação, mas reconstrução de sua vida no amor a Deus e
na liberdade fraterna Ela é a estrutura e a dinâmica da liberdade e da vida humana
em Cristo.
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluir