Reflexão do Evangelho de Quarta-feira – 18 de setembro
Reflexão do Evangelho
de Quarta-feira – 18 de setembro
Lc 7, 31-35 - Julgamento de Jesus sobre a sua geração
À guisa
de crianças que brincam de “casamento” e “enterro” na praça, umas cantando
modinhas alegres, outras não acompanhando; umas entoando lamentações, outras
não se interessando, os ouvintes de Jesus, como os de João Batista, mostram-se
indiferentes às suas palavras. O Mestre suspira com tristeza e pergunta: “A
quem, pois, hei de comparar os homens desta geração?” Segundo o modo semítico de
falar, o termo geração adquire diversos sentidos, indicando, no caso presente,
um apelo à conversão. Pois àquela geração é chegada a hora de Deus, a hora da
graça, tempo propício para festejar com alegria a presença do esposo, que
proclama a boa nova do Reino.
Ora, não reconhecendo
Jesus como o Messias esperado e desejado, os chefes religiosos chamam-no de glutão
e de beberrão, amigo dos publicanos e dos pecadores. Interpretam-no
erroneamente. De fato, ao aparecer com as vestes próprias de um profeta, João
Batista tinha atraído atenção com suas vigorosas repreensões e enérgico
entusiasmo. E lá se encontra Jesus, em meio a eles, com seu modo de agir suave,
palavras modestas e pregação tranquila nas sinagogas e praças públicas. Sua
atitude acolhedora expressa o sublime desejo de manifestar a misericórdia
divina aos que se reconhecem pecadores, instando, porém, mudança de vida por
uma sincera conversão, o que Santo Agostinho relaciona com a humildade, “sem a
qual não há esperança de salvação”.
Se
a proclamação da boa nova é causa de grande alegria para os que a ouvem, ela não
deixa de ser uma advertência para os que a recusam. Para todos vale a exigência:
abrir seu coração para Deus. Quem a cumpre integra o desígnio divino de
salvação e, na certeza de que o Senhor é amigo dos pecadores, sente uma espiritual
impaciência, que o conduz ao soberano Bem, único capaz de saciar suas
aspirações e expectativas.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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