Reflexão do Evangelho do dia 04 de Setembro de 2013
Quarta-feira – 04 de setembro
Lc 4, 38-44: A cura da sogra de Pedro
Estando a
sogra do Apóstolo São Pedro doente, Jesus entra em sua casa e dela se aproxima.
Tomando-a pela mão, ele a levanta da cama. O toque de Jesus faz a febre
desaparecer. São Jerônimo roga por todos nós: “Que o Senhor toque também nossa
mão, para que sejam purificadas nossas obras, que Ele entre em nossa casa, para
que nos levantemos para servir”. De fato, o Evangelho destaca que ao
entardecer, a sogra de Pedro, já curada, servia-os.
Com essa passagem de sua
vida, Jesus nos convida a estender nossa mão àquele que está caído para
levantá-lo e transmitir-lhe novo ânimo no encontro com a Palavra do Senhor.
Façamos o mesmo com os que estão angustiados ou acorrentados às realidades
materiais. A todos comuniquemos a Boa-Nova do Evangelho, para que todos possam
receber, pelo sacramento da confissão e, especialmente, pela Eucaristia, “o
fogo do amor divino na sua alma e no seu corpo”, como descreve Santo Ambrósio.
Mesmo caído, quem se deixa tocar pelo amor de Jesus vai se erguer e estará
pronto a servir o pão da misericórdia e da bondade aos seus semelhantes.
Com a cura da sogra de
Simão Pedro, o milagre de Jesus correu de boca em boca. Os vizinhos e
habitantes da cidade “levaram-lhe todos os enfermos e possessos do demônio”,
como relata São Marcos (1,32). Impondo as mãos sobre cada um, Jesus os curou e
os libertou dos espíritos imundos. O amor de Jesus é inesgotável e vem desse
amor Sua divina capacidade de atender às súplicas de todos. O que nos faz
pensar nas palavras de São Máximo: “Quanto mais eficaz aquele que cura, tanto
mais importuno se torna o sofredor”.
Ao raiar do dia, como era
Seu costume, Jesus saiu e foi para um lugar solitário, pondo-se em oração. Em
várias passagens do Novo Testamento, encontramos Jesus em oração durante horas
e, até mesmo, ao longo de noites em claro. Nasce em nós a inquieta
interrogação: podemos abandonar a oração? O exemplo de Jesus desperta em nós um
forte apelo à conversão, que nos leva à convicção de que só teremos uma relação
pessoal com o Deus vivo se formos pessoas de oração.
Não devemos nos assustar
com isso. Ao contrário, deixemos que nos alimente a certeza de que o Senhor
existe e nos ama. Não estamos sós, perdidos ou abandonados diante do nada ou da
incerteza. Graças à oração, reconhecemos que existe o Outro, nosso Deus, ao
qual nos achegamos e, unidos a Jesus, com Ele mantemos profunda intimidade.
Santo Agostinho
lembra-nos que a oração não tende a atrair Deus para nós, pois “Ele é mais
íntimo a nós que nós a nós mesmos”. A oração permite apenas nos aproximarmos dele
e, pelo diálogo, tomarmos consciência da sua proximidade. Deixemos ressoar em
nós as palavras de São Macário: “Senhor tudo está em Ti, eu mesmo estou em Ti,
acolhe-me!”.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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