Reflexão do Evangelho de Segunda-feira – 23 de Setembro
Reflexão do Evangelho
de Segunda-feira – 23 de Setembro
Lc 8, 16-18: Como receber
e transmitir a mensagem de Jesus
Se
o pecado é “o sonho da alma”, a vida espiritual é crescimento na graça divina e
experiência da luz divina. Por isso, para transmitir a mensagem do Reino de
Deus, Jesus emprega a imagem da luz ou da lâmpada, bastante familiar ao precursor
João Batista, mas também a Ele, que permanece oculto sob a humildade de sua
“carne” e de sua Palavra. Aliás, no mundo antigo a lâmpada tinha uma função
muito mais importante do que em nossos dias. Para os judeus a luz também exprimia
a beleza interior, a verdade e a bondade de Deus. Os salmos não cessam de
proclamar: “Em sua luz vemos a luz”; “a sua palavra é a lâmpada que guia os nossos
passos”.
Em
sua benevolência, Jesus ilumina, com sua luz sem ocaso, sem mudança, jamais
eclipsada, as trevas de nossa vida, comunicando alegria e paz. Ele é a luz que brilha
nos corações dos que creem em sua palavra e os torna capazes de contemplar a
realidade divina do Reino de Deus. Juntos com São Sofrônio, podemos dizer:
“Levamos em nossas mãos círios acesos para significar a luz eterna daquele que
vem a nós. De nossa alma afastam-se as terríveis trevas e somos iluminados com
o resplendor de Cristo”. Sem dúvida, os que são dignos da luz divina, são
purificados interiormente e afugentam as trevas do erro, da mentira e do
pecado. Ela é o calor que acalenta o coração humano no amor a Deus e ao
próximo, pois “por acaso se acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma
cama?” Clemente de Alexandria vê nestas palavras do Mestre a pergunta: “Para
que serve uma sabedoria que não torna sábio quem é capaz de entendê-la?”
Iluminados
interiormente, somos chamados “luz do mundo”, porque Jesus antevê, no fundo dos
nossos corações, comenta Tertuliano, “o bem presente em nós”, concedido pelo
próprio Deus, que nos capacita para o anúncio dos seus ensinamentos. Dom
gratuito do amor divino, que leva S. Agostinho a exclamar: “Sejamos
dispensadores e não usurpadores”, pois recebemos para dar e não para reter. A
Palavra de Deus, desejada e amada por nós, ilumina-nos e nela tornamo-nos transmissores
da mensagem do Senhor, porquanto soa, no silêncio do nosso coração, a
recomendação do Mestre: “Cuidai do modo como ouvis, porque ao que tem, será
dado; e ao que não tem, mesmo o que pensa ter, lhe será tirado”.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
Reflexão do Evangelho
de Segunda-feira – 23 de Setembro
Lc 8, 16-18: Como receber
e transmitir a mensagem de Jesus
Se
o pecado é “o sonho da alma”, a vida espiritual é crescimento na graça divina e
experiência da luz divina. Por isso, para transmitir a mensagem do Reino de
Deus, Jesus emprega a imagem da luz ou da lâmpada, bastante familiar ao precursor
João Batista, mas também a Ele, que permanece oculto sob a humildade de sua
“carne” e de sua Palavra. Aliás, no mundo antigo a lâmpada tinha uma função
muito mais importante do que em nossos dias. Para os judeus a luz também exprimia
a beleza interior, a verdade e a bondade de Deus. Os salmos não cessam de
proclamar: “Em sua luz vemos a luz”; “a sua palavra é a lâmpada que guia os nossos
passos”.
Em
sua benevolência, Jesus ilumina, com sua luz sem ocaso, sem mudança, jamais
eclipsada, as trevas de nossa vida, comunicando alegria e paz. Ele é a luz que brilha
nos corações dos que creem em sua palavra e os torna capazes de contemplar a
realidade divina do Reino de Deus. Juntos com São Sofrônio, podemos dizer:
“Levamos em nossas mãos círios acesos para significar a luz eterna daquele que
vem a nós. De nossa alma afastam-se as terríveis trevas e somos iluminados com
o resplendor de Cristo”. Sem dúvida, os que são dignos da luz divina, são
purificados interiormente e afugentam as trevas do erro, da mentira e do
pecado. Ela é o calor que acalenta o coração humano no amor a Deus e ao
próximo, pois “por acaso se acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma
cama?” Clemente de Alexandria vê nestas palavras do Mestre a pergunta: “Para
que serve uma sabedoria que não torna sábio quem é capaz de entendê-la?”
Iluminados
interiormente, somos chamados “luz do mundo”, porque Jesus antevê, no fundo dos
nossos corações, comenta Tertuliano, “o bem presente em nós”, concedido pelo
próprio Deus, que nos capacita para o anúncio dos seus ensinamentos. Dom
gratuito do amor divino, que leva S. Agostinho a exclamar: “Sejamos
dispensadores e não usurpadores”, pois recebemos para dar e não para reter. A
Palavra de Deus, desejada e amada por nós, ilumina-nos e nela tornamo-nos transmissores
da mensagem do Senhor, porquanto soa, no silêncio do nosso coração, a
recomendação do Mestre: “Cuidai do modo como ouvis, porque ao que tem, será
dado; e ao que não tem, mesmo o que pensa ter, lhe será tirado”.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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