Reflexão do Evangelho de Segunda-feira – 16 de setembro
Reflexão do Evangelho de Segunda-feira
– 16 de setembro
Lc 7, 1-10 – A cura do servo do
centurião
Um
centurião romano suplica a Jesus: “Meu criado está deitado em casa, paralítico,
sofrendo dores atrozes”. Jesus o conforta e o consola, dizendo-lhe: “Eu irei
curá-lo”, pois comenta S. Agostinho: “o Senhor não quer, simplesmente, entrar
na casa daquele homem. Ele deseja entrar em seu coração”. Ele representa alguém
que reza com fé ardente e vai a Jesus com total confiança. O evangelista S.
Mateus descreve o servidor “sofrendo dores atrozes” e o centurião, alto
personagem, como alguém de profunda humildade, que, diante da atitude generosa
do Senhor, diz-lhe: “Senhor, não sou digno de receber-te sob o meu teto; basta
que digas uma palavra e o meu criado ficará são”.
Uma palavra
basta, porque é “tua” palavra e ela é soberanamente eficaz. O militar pagão
reconhece em Jesus o poder e a misericórdia de Deus. A respeito disso, Santo
Agostinho observa: “É necessário ater-se ao médico, que vem para curar as
enfermidades da alma”. O centurião emite um ato prévio de fé. Ele crê no poder
de Jesus e nele confia não como um milagreiro, mas sim como o Filho de Deus.
Por isso, declara S. João Crisóstomo: “O centurião confiava, cheio de
esperança, que seu servo seria curado”.
O sereno convencimento do oficial
funda-se, unicamente, na eficácia divina da palavra de Jesus. Daí o fato de ele
não se sentir intimidado ao procurar ajuda de um pregador itinerante da
Galileia, mesmo com o risco de ser considerado ridículo pelos seus pares.
Admirado, Jesus exclama: “Em Israel, não achei ninguém que tivesse tal fé”. Sua
fé era sincera e refletia total confiança na autoridade de Jesus e no seu poder
de curar. Esta fé em Jesus e o carinho dele para com seu servo são
extraordinários, levando Jesus a declarar: “Virão muitos do oriente e do
ocidente e se assentarão à mesa no Reino dos Céus”. S. Hilário de Poitiers
assinala que “o mistério da salvação dos pagãos se realiza no servo do
centurião, sem que Cristo tenha entrado em sua casa. Ele representa todos os que
estão neste mundo”, membros do Reino pela fé, não pela raça. Por isso, até
hoje, a cada um de nós, Jesus dirige as palavras ditas ao centurião: “Vai! Como
creste assim te seja feito!”
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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