Reflexão de Evangelho de terça-feira 27 de setembro
Reflexão de Evangelho de terça-feira
27 de setembro
Lc 9,51- 56 – Jesus não é acolhido
pelos samaritanos
A caminho
de Jerusalém, embora judeus e samaritanos estivessem divididos por séculos de
história, Jesus decide passar pela Samaria, território que ficava entre a
Galileia e a Judeia. Apesar de ter enviado mensageiros à sua frente, a fim de
prepará-los para a sua visita, Ele e seus discípulos não são bem recebidos, o
que deixa indignados os Apóstolos Tiago e João. Após repreendê-los, Jesus procura
fazê-los compreender o que o aguardava em Jerusalém: lá, Ele seria crucificado
e entregaria sua vida pela redenção dos judeus, samaritanos e gentios; todos
seriam reconciliados com Deus, e se tornariam um só povo.
Em sua
sabedoria, Jesus se mantém em silêncio e continua o seu caminho, impressionando
a todos pelo seu modo compassivo e misericordioso, para com os fracos e
pecadores, e acolhendo judeus e estrangeiros: nele, todos se tornam uma nova
criatura e constituem uma única comunidade. Anunciando a vontade do Pai como
máxima comum aos indivíduos e à comunidade, Ele restaura a unidade, querida por
Deus e perdida pelo pecado. É o Deus da História, imprevisível e inefável, que
vive, não “no repouso celeste”, mas como aquele que desperta o amor e a
adoração do ser humano, criado à sua imagem e semelhança.
Essa
universalidade de Jesus, que reúne a todos, tem suas raízes no seu ser humano,
graças ao qual se tem acesso ao Pai: trata-se da definitiva revelação de Deus, pois,
na finitude de sua humanidade, Jesus é presença salvadora de Deus para o homem,
no sentido decisivo de sua vida. Em linguagem de fé, professamos que Ele é a
inalienável união com o Pai, ou, nas palavras de S. Atanásio: “Nele, Deus se
fez homem para que o homem se tornasse Deus”. Como se infere, ao longo de sua
vida e de sua missão, Jesus manifesta o sentido decisivo de nossa existência:
revela-nos a realidade do “ser homem”, em seu existir para os outros,
referência essencial para os que estão em busca de sua autêntica humanidade. Em
sua misericórdia e bondade, somos levados a superar a nós mesmos no amor, e encontramos
a salvação definitiva.
Dom
Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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