Reflexão do Evangelho de quinta-feira 22 de setembro
Reflexão do Evangelho de quinta-feira 22 de setembro
Lc 9, 7-9 - Herodes e Jesus
Perplexo e temeroso, Herodes
ouvia falar de Jesus e de sua pregação em toda a Galileia. Apreensivo,
perguntava quem era Ele. Alarmou-se quando alguns disseram ser João Batista, que
tinha aparecido novamente e era aclamado pelas multidões. Outros afirmavam ser
Elias, o qual, segundo se dizia, não tinha morrido, mas somente tinha sido arrebatado
aos céus e cuja volta era esperada. Ainda aos seus ouvidos, soavam as denúncias
de João Batista e suas interpelações proféticas, retomadas por Jesus, que o
exortavam a se colocar no horizonte ético-jurídico da Aliança de Deus, o que
implicava arrependimento e penitência. A
consciência de culpa, novamente ela, passava a incomodá-lo fortemente, como
castigo antecipado.
Herodes sente-se inquieto,
pois, no dizer de Teodoro de Heracleia, “O que lhe sucederia se João voltasse a
usar, de modo ainda mais decisivo, a sua cáustica liberdade de palavra? Motivo
para ele de terror e de frustração, pois João trazia a público as suas ações
desonestas”. Embora não manifestasse
nenhum arrependimento, por ter mandado decapitá-lo, Herodes o temia, sem deixar
de respeitá-lo como grande profeta e servo de Deus. A atitude de João, fiel à
vontade de Deus e à sua Lei, o impressionava e o deixava preocupado.
Para Herodes, a situação é dramática. Antes,
João Batista, agora, Jesus, que questiona e exige conversão e, portanto, a
necessidade de voltar-se para Deus na dedicação misericordiosa ao próximo. O
apelo do Senhor, fundado na Aliança feita por Deus, é sinal de esperança tanto
para Israel como para todos os povos. Talvez, em seu íntimo, Herodes alimentasse
a intenção de mudança de vida e o desejo de ser mais coerente em suas ações e
decisões. Esse conflito interior, que
desde muito o persegue e o atormenta, irá se manifestar no momento do
julgamento de Jesus.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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