Reflexão do Evangelho de sexta-feira 16 de setembro
Reflexão do Evangelho de sexta-feira
16 de setembro
Lc 8, 1-3 - Mulheres que seguem o
Mestre
Acompanhado por seus Doze Apóstolos, Jesus anuncia o Evangelho do Reino
de Deus. Eles adotam um estilo de vida itinerante, indo de aldeia em aldeia, de
cidade em cidade, o que leva muitos cristãos a se inspirarem neste modo de
viver e a se tornarem pregadores itinerantes. O Evangelho também se refere “à
presença de algumas mulheres – escreve S. Agostinho - que colocavam à
disposição de Jesus e dos Doze os seus bens, enquanto estes se dedicavam à
pregação do Evangelho”. Além das mulheres que acompanhavam Jesus e os
Apóstolos, outras mulheres aparecem episodicamente no Evangelho, as que o
Senhor encontrou em sua missão e foram curadas, as convertidas e as que lhe
ofereceram hospedagem.
Dentre as mulheres citadas, destaca-se sua mãe Maria. Há a “outra”
Maria, originária de Magdala, cidade ao norte do Tiberíades, vizinha de
Cafarnaum, onde Jesus exerceu grande parte de sua missão. Ao falar dela, o
Evangelista a caracteriza como sendo aquela “da qual haviam saído sete
demônios”. Número que simboliza, como os sete dias da semana, a totalidade e
indica a ação onipotente de Deus, libertando-a de toda ação do Maligno. Outra
mulher citada é Joana, “mulher de Cuza, o procurador de Herodes”, proveniente,
portanto, de um ambiente bem diferente daquele dos demais discípulos. Ela se
encontra entre as mulheres que estão junto ao túmulo de Jesus (Lc 24,10).
Inumeráveis e inestimáveis são as iniciativas de serviço das santas
mulheres, naquele e em todos os tempos. Elas se desvelam em ajudar os profetas.
Servem aos Apóstolos e, ainda hoje, estão presentes em toda ação evangelizadora
da Igreja. Dedicam-se aos estudos bíblicos, tão agradavelmente realizados em
nossa geração, cujas raízes estão presentes nos primeiros anos da vida da
Igreja. A propósito, observa S. Jerônimo: “Nos primeiros séculos, os estudos da
Sagrada Escritura constituem parte integrante dos ambientes monásticos e não
são estranhos à vida dos leigos, sobretudo, das mulheres”. Basta lembrarmos as
pregações do Apóstolo S. Paulo, às quais elas acorriam para ouvir, onde ele
estivesse. Finalmente, impressiona-nos a coragem e o desprendimento de muitas mulheres,
conduzidas ao martírio, como a jovem Blandina, em Lyon, e Felicidade e Perpétua,
na África.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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