Reflexão do Evangelho - Segunda-feira, 13 de fevereiro
Reflexão
do Evangelho
Segunda-feira,
13 de fevereiro
Mc
8,11-13 - Os fariseus pedem um sinal do céu
Nos Evangelhos, os fariseus, palavra
hebraica, que significa: “separados”, por causa da pureza ritual que defendiam,
são descritos, com cores negativas, como o protótipo de um adversário do Senhor.
A intenção deles, por vezes, deformada por seus intérpretes, foi popularizada
em nossas expressões e linguagem e, mesmo, nas reflexões teológicas. Na
verdade, eles se diferenciavam da gente comum e simples, que não se preocupava muito
com a observância estrita da Lei e não seguia as mesmas normas adotadas por
eles. Após a morte de Judas Macabeu, em 160 a.C., eles permaneceram fiéis à
política religioso-nacional dos asmoneus, que alimentavam certo ceticismo em relação
a uma expectativa próxima do fim dos tempos, e sustentavam a realização do
reino de Deus já neste mundo.
No entanto, no campo religioso, para
eles, a explicação da Lei gozava de uma grande importância, seja em vista da
preservação da identidade de Israel em relação à assimilação dos valores
pagãos, seja, sobretudo, como fonte de santificação do cotidiano da vida. Daí a
grande relevância dada à interpretação da Lei, halakha, que abrangia comentários jurídicos e cultuais,
considerados como medidas preventivas para salvaguardar a Lei. Ademais, diante da
vida de piedade e da prática habitual da temperança, eles eram muito populares
e estimados pelo povo, e exerciam uma grande influência sobre as pessoas.
No
entanto, em algumas passagens do Evangelho, foi-lhes construída uma “imagem
hostil” à mensagem de Jesus e à atuação dos Apóstolos, a tal ponto que o próprio
Jesus, com o intuito de que suas palavras fossem além das barreiras existentes
entre judeus e pagãos, os acusa de “anular o mandamento de Deus em favor da
tradição dos homens” (Mc 7,9). Embora o compreendessem, mas no desejo de
colocar à prova sua pretensão de Enviado de Deus, eles pedem um sinal “do céu”,
um milagre especial, que o credenciasse como profeta. Sem demonstrar animosidade,
a resposta de Jesus: “A esta geração nenhum sinal lhe será dado”, visa livrar
os discípulos das representações e conjeturas messiânicas político-sociais: Ele
não faz milagres “por encomenda”, mas para atender as necessidades das pessoas
ou aliviá-las de seus sofrimentos. A ideia de ser definido como um milagreiro é
inadmissível, aliás, Ele será conhecido, segundo S. Lucas, como aquele que
passou “fazendo o bem”.
DEUS lhe abençoe e lhe ilumine. Obrigado p/ reflexão D. Fernando.
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