Reflexão do Evangelho - Segunda-feira, 20 de fevereiro
Reflexão
do Evangelho
Segunda-feira,
20 de fevereiro
Mc
9,14-29 - A cura do endemoninhado epilético
As pessoas “admiravam-se” não só das
palavras de Jesus, cheias de bondade e compreensão, mas também dos seus milagres,
vistos como manifestações do seu poder sobre as doenças e as forças da
natureza. No entanto, Jesus não deseja realizar milagres em benefício próprio,
para legitimar a sua missão. São sinais que revelam sua compaixão para com os que
chegam a Ele com sua miséria e que têm um coração aberto para receber a boa
nova alegre do Evangelho. Estes são aqueles que reconhecem, por trás de seus atos,
como também de suas palavras, a realidade espiritual de sua mensagem sobre o Reino
de Deus, e experimentam a proximidade de um Deus, que age simplesmente por
misericórdia.
No Evangelho de hoje, diante de Jesus encontra-se
um pai com seu filho epilético e endemoninhado. Na ausência do Mestre, o pai
havia recorrido aos discípulos, “mas eles não foram capazes de curá-lo”. O
olhar tranquilo e severo do Senhor dirige-se primeiramente aos Apóstolos, os
quais Ele repreende: “Ó geração incrédula e perversa, até quando, estarei convosco?
”. Mas, o pai do menino doente, ao ouvi-lo dizer: “Tudo é possível para quem
tem fé”, num fio de voz, proclama: “Eu creio! Ajuda minha falta de fé”. Em sua bondade misericordiosa, e cumprindo sua
missão de levar todos a terem fé em Deus, Jesus cura o jovem e o liberta do
demônio.
Pasmos,
os discípulos lhe perguntam: “Por que nós não conseguimos expulsá-lo”? Embora
não queira chamar a atenção sobre si mesmo e apresentar-se como alguém que
saiba curar, a resposta de Jesus é direta: “Foi por causa da fraqueza da vossa
fé”: Ele fala do poder da fé em contraste com uma fé fraca, e isso na realidade
de seus discípulos. Mas, para que eles compreendessem que a fé é confiança em
sua pessoa, através de uma hipérbole rabínica, acrescentou: “Se tiverdes fé
como um grão de mostarda, direis a este monte: Transporta-te daqui para lá, e
ele se transportará, e nada vos será impossível”. No sol da manhã, avistava-se
o monte Tabor, que dava um sabor especial às suas palavras.
A fé, fonte de salvação, se for realmente
autêntica, mesmo “do tamanho de uma sementinha de mostarda”, realizará outro
milagre muito mais profundo: a pertença ao Reino de Deus. Pela fé, “primeira
oferta do homem a Deus”, no dizer de S. Agostinho, nós já participamos da
intimidade de Deus e, confiando em Jesus, sentimo-nos serenos e livres de todos
os males espirituais.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, ofm
DEUS lhe abençoe e lhe ilumine. Obrigado p/ reflexão D. Fernando.
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