Reflexão do Evangelho - Terça-feira, 21 de fevereiro
Reflexão
do Evangelho
Terça-feira,
21 de fevereiro
Mc
9,30-37 - Quem é o maior?
Uma das características essenciais de Jesus é a sua liberdade para
fazer o bem e a firme convicção de ter sido enviado para comunicar a mensagem
do Reino de Deus a todos, especialmente aos excluídos: Ele acolhe os pecadores,
come com eles; é “um entregar-se nas mãos de pecadores”, fato que torna sua
morte dom da salvação e convite para a comunhão com Deus.
De imediato, os discípulos
não o entendem, pois faziam uma ideia menos trágica e mais gloriosa da vinda do
Messias. Daí o fato de lhe perguntarem: “Quem é o maior no Reino dos Céus”? Eles
não são ainda capazes de ver quem é Jesus; há falta de compreensão; há
mal-entendidos a respeito do messianismo. Escreve São Jerônimo: “Pacientemente,
Jesus quer agora purificar, por meio da humildade, o desejo de glória
manifestado por eles”. Chamando uma criança e colocando-a no meio deles, disse:
“Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus”. Paradoxalmente,
a verdadeira dignidade diante de Deus é fazer-se a si mesmo pequeno.
Esse caminho espiritual implica uma mudança na maneira de ser e de
pensar; é viver como filho do Pai celestial, Oceano de Caridade, pois só sendo seu
filho se pode entrar no Reino. Ao tomar uma criança em seus braços, Jesus indica
também a necessidade de servir os menores, os mais frágeis e insignificantes da
sociedade, depositando no Pai sua confiança filial.
Da mesma forma, exclui-se a possibilidade de alguém se considerar
maior que os demais, pois, em Jesus, todos são filhos e filhas amados de Deus,
e a todos cabe pertencer à única e mesma categoria que o Pai confere a todos os
seus filhos. Nesse sentido, destaca S. João Crisóstomo: “Todos estamos unidos
no céu, ninguém é superior a outro, nem o rico ao pobre, nem o senhor ao
escravo, nem o que manda ao que obedece, nem o imperador ao soldado, nem o
filósofo ao bárbaro, nem o sábio ao ignorante. A todos nós, Deus concedeu
graciosamente a mesma nobreza, ao dignar-se ser igualmente chamado Pai de
todos”.
Dom Fernando Antônio Figueiredo,ofm
DEUS lhe abençoe e lhe ilumine. Obrigado p/ reflexão D. Fernando.
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